"Digamos que o grande aumento por parte da procura interna não será suficiente para esbater a diminuição que se verifica nos mercados externos, sobretudo do Reino Unido", disse o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, em declarações à agência Lusa.
O responsável não adiantou qual a taxa de ocupação hoteleira prevista para a Páscoa de 2010 no Algarve.
Para o presidente da AHETA, o início da época turística de 2010 também não será marcada pela Páscoa, porque a festividade religiosa celebra-se mais cedo – dia 04 de abril – do que o habitual.
A Páscoa é um período típico para se registar um aumento de procura de hotéis e costuma funcionar como um "pontapé de saída" para o arranque da época turística no Algarve, mas, segundo Elidérico Viegas, essa tendência não se vai repetir em 2010, que estima uma quebra na ocupação imediatamente a seguir à Páscoa.
Normalmente a Páscoa é uma espécie de "fronteira" entre a época baixa e o início da época turística, mas este ano os "bons níveis de ocupação" devem sofrer quebras logo a seguir às férias pascais.
No hotel Algarve Casino, na praia da Rocha, Portimão, o departamento comercial indicou que até há uma semana não tinham pedidos de reservas, mas que assim que o bom tempo voltou, começaram a chegar algumas reservas por telefone e Internet e daí estimarem que na Páscoa estejam com "mais de metade dos quartos do hotel preenchidos".
Nas Termas de Monchique as reservas estão "abaixo do ano passado" – em 2009 registaram lotação esgotada nos hotéis que estavam abertos – e estima-se que a taxa de ocupação hoteleira seja ligeiramente acima dos 50 por cento.
Também no Hotel Hilton 7 Spa de Vilamoura, em Loulé, a taxa de ocupação hoteleira naquele hotel situa-se nos 50 por cento para as férias da Páscoa, à semelhança do ano passado, refere o departamento de reservas daquela unidade turística.
Lusa