Um exemplo de "bons hábitos de vida" que enche de orgulho o presidente do conselho de administração da empresa que gere os espaços públicos de Vilamoura, Nuno Sancho Ramos, que acredita que a rede de corredores iniciada há três anos tem contribuído para promover estilos de vida mais saudáveis.

Segundo o responsável da Inframoura, a rede de passeios só para peões – onde é possível correr, pedalar ou simplesmente caminhar – é usada por pessoas de todas as idades e de vários cantos do mundo, já que Vilamoura, além de ser uma zona turística, é também habitada por muitos estrangeiros.

No Dia Mundial da Saúde, que hoje se assinala, Nuno Sancho Ramos diz que a rede de corredores multiusos é usada sobretudo por dois tipos de público: casais jovens da classe média e alta, que ali fazem o seu "jogging" matinal ou simplesmente passeiam com os filhos, e idosos, que por motivos de saúde têm mais necessidade de se movimentar.

A rede de corredores de Vilamoura, no Algarve, surgiu para facilitar o acesso das pessoas entre as áreas residenciais e turísticas à baixa, onde se situa a marina, e às praias, embora a ligação às praias da Falésia e da marina esteja mais atrasada, devendo estar pronta no verão do próximo ano.

À semelhança de cidades como Paris, Barcelona e, mais recentemente, Sevilha, a empresa que gere os espaços públicos de Vilamoura quer também implementar uma rede de bicicletas de uso livre através de um cartão pré-pago que permite usar cada bicicleta por um período máximo de 30 minutos.

"A forma de funcionamento é muito simples: as pessoas usam a bicicleta durante aquele período e quando chegam ao destino estacionam a bicicleta, fazem a sua vida, regressam, pegam noutra e voltam a usar", resume Nuno Sancho Ramos, que admite que este projeto é a "menina dos olhos" da empresa.

A Inframoura até já lançou um concurso público internacional para a concessão da rede de bicicletas de uso partilhado, mas o mesmo ficou "deserto", sendo que a ausência de concorrentes ter-se-á devido à crise económica internacional, diz o mesmo responsável.

Contudo, no próximo ano ou o mais tardar em 2012 a empresa espera lançar um novo concurso e dar um passo significativo na "ecocidade do futuro" que a Inframoura quer ali construir, conclui Nuno Sancho Ramos.

Lusa