
O bispo do Algarve referiu-se no último fim de semana à importância da oração na vida dos cristãos e ao modo como estes devem rezar.
A propósito das leituras do último domingo, D. Manuel Quintas explicou, nas eucaristias de encerramento da visita pastoral a Estômbar, Mexilhoeira da Carregação e Parchal, quais as atitudes a ter em conta, sublinhando a importância da humildade e da pobreza de coração.
“Há muitos ricos que têm o coração pobre, desprendido, e há muitos pobres que têm o coração de rico, vivem na ganância. Um coração pobre é aquele que deposita toda a sua confiança e desejo em Deus, aquele que em Deus encontra a sua grande riqueza e força, aquele que confia plenamente em Deus. É um coração liberto de tudo aquilo que pode ocupar o lugar de Deus e dos outros. Ao passo que um coração de rico é aquele que não tem lugar nem para Deus, nem para os outros. Só tem lugar para os bens. Vive subjugado pelos bens que tem ou que não tem. Pode não ter e viver sempre ganancioso, a desejar”, distinguiu.
No último fim de semana de setembro, o prelado já tinha advertido para as “implicações pessoais e consequências sociais de uma má distribuição dos bens” e de “um coração mesquinho e egoísta que cega”.
O prelado insistiu agora ainda na importância da perseverança na oração. “Mesmo que [Deus] não nos conceda aquilo que pedimos, não devemos deixar de confiar n’Ele e sobretudo de acreditar que Ele vela por nós como Pai”, afirmou, considerando serem as atitudes “expressão de uma fé autêntica, de alguém que quer continuar a ser amado por Deus, a fazer com que o amor de Deus frutifique no seu coração, na sua vida e no seu trabalho”.