Num plenário realizado no Pavilhão de Feiras de Silves (FISSUL), onde estiveram cerca de 300 pessoas, foi manifestada também a oposição à proposta apresentada pela CGT, que previa apenas a compra de apenas 39 das 81 lojas do grupo Alicoop.

"Desta reunião saíram várias deliberações: os credores decidiram que irão continuar a apoiar o plano de viabilização apresentado e vão tomar diligências concretas no sentido de concretizar esse apoio", afirmou Sónia Correia, da comissão de trabalhadores da Alicoop, que foi a porta-voz do plenário.

Sónia Correia precisou que foi também decidido "informar o Presidente da República das medidas aprovadas, solicitar reuniões aos ministra do Trabalho (Helena André) e Economia (Vieira da Silva), a todos os deputados eleitos pelo círculo do Algarve, à CGD e ao Millennium BCP (dois dos principais credores), à comissão de credores e a todas as centrais sindicais".

Outra das medidas aprovadas pelo plenário foi "a criação de uma comissão de pessoas que representem esta assembleia para levarem a cabo esses encontros, essas reuniões e diligenciarem no sentido de aprovação do plano apresentado no tribunal".

Além dos fornecedores credores, dos trabalhadores e senhorios, participaram no encontro e manifestaram apoio à posição do plenário representantes associativos do comércio da região, sindicalistas e a deputada do PSD eleita pelo Algarve Antonieta Guerreiro.

Todos consideraram que o plano de viabilização da Alicoop é a única solução viável e que assegura os direitos dos fornecedores credores, trabalhadores e senhorios, enquanto o da GCT apenas serve os seus interesses.

Afirmaram ainda que a falência do Grupo Alicoop teria um impacto negativo na economia do Algarve e criaria um efeito dominó que arrastaria consigo os fornecedores credores, os agricultores e produtores, levando milhares de pessoas para o desemprego.

O plenário decidiu que uma comissão de representantes estará presente numa reunião na segunda-feira, a pedido do Instituto de Apoio a Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI) para ouvir uma segunda proposta da GCT.

Vários dos intervenientes no plenário manifestaram ainda estranheza pelo apoio do IAPMEI a essa empresa, enquanto manifesta reservas relativamente ao plano de viabilização realizado pela Deloitte e apresentado pela Alicoop no tribunal.

Lusa