LagosA Câmara de Lagos decidiu, por unanimidade, exigir ao Governo a aquisição de um rebocador para o Algarve que permita dinamizar a economia e impedir que se repitam situações como a do paquete Funchal.

“Exigir que o Governo tome as providências necessárias à aquisição de um rebocador para o Algarve baseado no porto de Portimão, com capacidade para satisfazer as necessidades operacionais não apenas dos navios de cruzeiro, mas de manobras de outros navios na costa do Algarve e da navegação costeira internacional” foi a proposta que o vereador comunista da Câmara de Lagos fez e que a autarquia votou favoravelmente.

A 04 de janeiro, cerca de 400 passageiros do paquete Funchal que regressavam da Passagem de Ano na Madeira para Lisboa ficaram retidos cerca de um dia ao largo da costa algarvia, porque não existe um rebocador baseado no região.

Segundo o vereador comunista, Luís Reis, a localidade de Lagos foi uma das que mais beneficiou com as excursões de turistas que desembarcam no porto de Portimão (concelho vizinho), recebendo 5.028 visitas em 2012, que contribuíram “para a dinamização económica dos setores de hotelaria, restauração e comércio”, lê-se no comunicado enviado à comunicação social.

O porto de cruzeiros de Portimão recebeu em 2013 mais de 20 mil passageiros e 42 escalas, mas aquela câmara estima que possa chegar aos 250 mil passageiros por ano com a concretização de diversas obras, designadamente a implementação de um canal de navegação com 250 metros de largura útil, aprofundamento do canal e alargamento da bacia de rotação frente ao cais comercial.

Com essas obras e a existência de um rebocador para auxiliar nas manobras passa a ser possível ao porto de Portimão receber navios com capacidade superior a 2.500 passageiros, disse à Lusa a presidente do município, Isilda Gomes (PS).