Macário Correia disse também que aquela autoestrada não é encargo para o Estado, pois foi paga com fundos europeus.
“O que eu constato é que há pessoas que falam de assuntos que não sabem", disse Macário Correia, em entrevista à Lusa após o PSD ter exigido portagens nas SCUT (autoestradas sem custos para o utilizador) de todo o país.
Macário Correia aconselhou mesmo essas pessoas do partido que não conhecem as “questões objetivas do Algarve” a informarem-se primeiro.
Miguel Relvas disse terça feira que o PSD mantém a “posição de princípio” do utilizador pagador “que sustenta a introdução de portagens nas designadas SCUTS” e considerou “justo” que, “como nas restantes auto estradas, devam ser suportadas pelos seus utilizadores e não pelos contribuintes”.
O dirigente social Miguel Relvas defendeu “o princípio da universalidade na introdução de portagens” que “não devem ter um caráter regional mas antes nacional” e devem aplicar-se “a todos e não apenas a alguns” e “quer se trate de cidadãos nacionais ou estrangeiros”.
Macário Correia, por seu turno, sublinhou que “não se pode tratar de modo igual aquilo que é diferente”, recordando que a A22 foi paga com fundos europeus e que a Estrada Nacional 125 (EN-125) não é uma alternativa nacional à A22, porque é “uma rua urbana”.
“A A22 não foi construída ao abrigo da engenharia financeira recente das SCUT e como tal não tem o tratamento financeiro do lado do Estado que têm as outras. Não é um encargo real para o Estado atualmente”, frisou Macário Correia.
Macário Correia argumentou ainda que a EN-125 não é uma alternativa técnica à A22, porque é uma rua urbana que atravessa todos os perímetros urbanos, aldeias e cidades do Algarve, onde há limites de velocidade de circulação adequados”.
O autarca de Faro acrescentou ainda que na questão das portagens da Via Infante “vários ministros, de vários Governos, disseram sistematicamente, que não havia condições técnicas objetivas para a introdução de portagens no Algarve”.
O PSD ameaçou terça feira votar pela suspensão da introdução de portagens nas SCUT no Parlamento caso o Governo não apresente até 09 de julho uma nova iniciativa legislativa que incorpore “princípios de universalidade”.
Lusa