A eurocidade luso-espanhola Ayamonte-Vila Real de Santo António-Castro Marim vai emitir, a partir de abril, o cartão do eurocidadão, que permite aos portadores ter descontos em cuidados de saúde privados, disse o autarca vila-realense.
Em causa estão cerca de três dezenas de prestadores de serviços de saúde privados – em áreas como a medicina dentária, as análises clínicas ou a medicina geral – que aceitaram a proposta dos três municípios que constituem a eurocidade do Guadiana para atribuírem descontos na ordem dos 10% aos portadores desse cartão, precisou à agência Lusa fonte da autarquia algarvia.
“Este era de facto um dos grandes objetivos que nós tínhamos inicialmente, uma das grandes medidas, que era apresentarmos o cartão do eurocidadão, instrumento essencial para dar unidade a este projeto e para que as pessoas sentissem nas suas próprias vidas as vantagens de pertencerem à eurocidade”, afirmou o autarca Luís Gomes em declarações à agência Lusa.
O responsável adiantou que “já foi apresentado um esqueleto de uma brochura relativamente às empresas de ambos os lados da fronteira, dos três municípios, que querem aderir para já a este cartão do eurocidadão” e essa listagem será conhecida na sua totalidade durante o mês de abril.
“Cada cidadão da eurocidade poderá pedir a emissão do seu cartão e poderá beneficiar de descontos em serviços na área da saúde nos três municípios”, frisou o autarca de Vila Real de Santo António, município fundador da estrutura luso-espanhola, juntamente com Ayamonte (Espanha).
Depois da sua criação, em janeiro de 2013, a eurocidade passou a contar também com o município de Castro Marim, que aderiu ao projeto quatro meses depois, em maio, criando a eurocidade do Guadiana, uma vez que os três municípios – dois portugueses e um espanhol – são os que mais próximos estão da foz do rio.
Além da área da Saúde, o cartão do eurocidadão dá também acesso à partilha de equipamentos culturais e desportivos dos dois lados da fronteira.
O documento poderá ser obtido, gratuitamente, em cada um dos municípios, onde será criado um gabinete próprio para tratar da sua emissão, segundo informação avançada pela autarquia algarvia.