Realojamento_morador_praia_faroO presidente da Câmara de Faro entregou ontem as chaves de uma habitação na zona nascente da Praia de Faro para alojamento permanente de um pescador cuja casa, no ilhote da Cobra, vai ser demolida, informou a autarquia.

Em comunicado, o município adianta que Marcelino Santos é único morador naquele ilhote, pequena parcela de terra a nascente da Barrinha da Península do Ancão, que vai ser “renaturalizado”, tal como os outros ilhotes da Ria Formosa, ao abrigo do programa Polis.

O concurso público para as demolições em cinco ilhotes (Faro e Olhão) e na ilha Deserta (Faro) está em fase de adjudicação, num investimento de 2,2 milhões de euros, sendo o próximo passo a demolição de casas de veraneio na Praia de Faro e de segunda e primeira habitação nas outras ilhas.

O único habitante permanente nos ilhotes abrangidos pelo concelho de Faro, neste caso, no ilhote da Cobra, vai a partir de hoje ter uma nova casa, em regime de arrendamento social, situada na Praia de Faro pelo facto de o morador ser pescador de profissão.

A autarquia sublinhou que o realojamento das famílias que vivem da pesca em áreas próximas ao mar é o critério principal “em relação a matéria que venha no futuro a implicar o realojamento de famílias residentes em primeira habitação em qualquer área ribeirinha do concelho de Faro”.

O processo de integração de Marcelino Santos vai continuar a ser acompanhado pelo Departamento de Ação Social e Educação da Câmara de Faro, conclui.

As ações de “renaturalização” ao abrigo do Polis preveem, ainda para este semestre, avançar com a demolição de 193 edifícios nos ilhotes e na Ilha Deserta.

Numa segunda fase, no segundo semestre, deverão ser demolidos 159 edifícios no núcleo dos Hangares (dois são de primeira habitação), 217 no núcleo Farol Nascente (dois são de primeira habitação) e 137 na Península do Ancão, onde se insere a Praia de Faro.

Na terceira fase, prevista para decorrer a partir de 2015, deverão ir abaixo 102 casas de primeira habitação na Praia de Faro, processo que ainda está dependente da aprovação do Plano de Pormenor (PP) da Praia de Faro, iniciado em 2009.