“Queremos que os consumidores possam identificar se o vinho tem o invólucro que desejam para poder escolher”, afirmou Rui Pedro Barreiro, apelando a que os consumidores exijam rolhas de cortiça para potenciar um “produto que é nosso”.

O governante falava aos jornalistas à margem da inauguração da nova unidade de laminagem de cortiça aglomerada da Nova Cortiça, unidade que começará a funcionar em breve e que representa um investimento de 500 mil euros.

“Temos que proteger esta fileira essencial à economia”, afirmou o secretário de Estado, sublinhando que a cortiça é um material mais ecológico pois além de ser reciclável contribui para a fixação de carbono.

Rui Pedro Barreiro esteve hoje na Nova Cortiça, em São Brás de Alportel, onde viu de perto o processo de fabrico dos discos de cortiça natural para rolhas de champanhe e vinho, principal actividade daquela empresa.

O governante inaugurou ainda a nova unidade de laminagem de cortiça aglomerada, presidindo também à assinatura de um contrato entre o ministério da Agricultura e a empresa para a construção de uma nova unidade de granulagem.

O investimento nas duas novas unidades é superior a um milhão de euros, estando a unidade de granulação, orçada em 518 mil euros, ainda em fase de conceção, disse aos jornalistas António Correia, da administração da empresa.

Cerca de 45 por cento do investimento é feito pelo Estado através de verbas provenientes de fundos comunitários (Programa de Desenvolvimento Rural do Continente – PRODER) e de uma pequena verba do orçamento geral do Estado.

Com as duas unidades será possível diversificar os produtos já concebidos pela Nova Cortiça, que até agora se focava essencialmente na produção de discos de cortiça destinados ao fabrico de rolhas para champanhe e vinhos gasosos.

“Vamos passar a ter granulado e lâmina de cortiça, o que nos permitirá alcançar um mercado mais abrangente”, disse António Correia, que quer assim passar a fornecer matéria-prima para a conceção de artigos de moda, lar e para a construção civil.

Lusa