O orçamento, de 6,8 milhões de euros, prevê "o reforço do investimento na promoção e qualificação do destino" turístico Algarve e "introduz diversas intervenções de fundo, como a reorganização interna dos serviços e a criação de uma empresa de capitais exclusivamente públicos e detida na sua totalidade pelo Turismo do Algarve para a gestão e dinamização da rede de postos de turismo".

A criação desta empresa já mereceu críticas do Sindicato dos Trabalhadores de Função Pública do Sul e Açores (STFPSA), para quem os 40 trabalhadores serão “os grandes prejudicados com esta aventura”.

Em causa, segundo a formação sindical, está a manutenção do vínculo à Administração Pública, o direito à carreira, o sistema remuneratório, as condições de trabalho, o regime de horário de trabalho, de férias, de faltas e a protecção social.

O sindicato considera que a medida “encerra um conjunto de aspectos negativos que suplantam quaisquer benefícios que se possam apontar com a criação da empresa” e diz não haver “necessidade real” para a sua criação.

Contactado pela Agência Lusa, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA), Nuno Aires, remeteu uma resposta às críticas do sindicato para "um comunicado que a direcção está a preparar e será divulgado segunda-feira de manhã".

"O ‘rebranding’ da marca Algarve, a estruturação de novos produtos turísticos, uma maior segmentação da promoção do destino, a criação de um gabinete de apoio ao investidor ou a centralização na região do programa ‘Allgarve’ são outras novidades" aprovadas ontem na Assembleia Geral, disse ainda a ERTA, que em 2010 comemora 40 anos.