“Numa altura difícil, de maior sazonalidade como é o inverno, o Algarve nunca teve tanta capacidade aérea, tanto lugar disponível como tem atualmente e isso deixa o responsável pelo Turismo particularmente satisfeito”, declarou Bernardo Trindade aos jornalistas.

À margem de uma cerimónia de entrega de 65 mil euros de receitas do programa “Allgarve 2010” a instituições de solidariedade social da região, Bernardo Trindade reiterou que o Turismo no Algarve “no inverno 2010-20111 nunca teve tanta capacidade aérea como agora”.

Sem se pronunciar sobre a possível má imagem que o Algarve e o Turismo possam dar ao setor turístico ao encerrar a escala da Groundforce, Bernardo Trindade afirmou que o que se procurou fazer foi "racionalizar as infraestruturas em função das dinâmicas de mercado”.

“No que me tenho de pronunciar é sobretudo sobre a capacidade que o Algarve tem em ter mais alternativas de transporte aéreo e, por essa via, reforçar a sua capacidade e dar uma resposta aqueles que são os anseios dos seus industriais".

A Groundforce, detida pela TAP que tem como função assistir companhias áreas em terra, anunciou, a 10 de novembro, o encerramento da operação em Faro, no Algarve, e o despedimento coletivo de 336 trabalhadores, como resultado das perdas da empresa, estimadas em 20 milhões de euros só este ano.

A empresa propôs, em novembro, manter os contratos de trabalho das sete mulheres grávidas ou lactantes e de um dos membros dos 15 casais despedidos na escala de Faro, como forma de “diminuir os efeitos do despedimento coletivo”.

Mateus Mendonça, do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos, explicou à Lusa que "não houve acordo no despedimento coletivo", mas que as propostas da Groundforce vão ser apresentadas individualmente aos trabalhadores (às lactantes, aos casais e aos funcionários em situação de pré-reforma) que, depois, as aceitarão ou não.

Lusa