"Para o PSD Algarve é de estranhar que das mais de 1.500 vagas previstas para o PEPAL, no Algarve só tenha existido uma candidatura. Sendo que mesmo essa terá que ser integralmente suportada pelo município que a propôs", disse hoje à Lusa o presidente da líder do PSD Algarve, Luís Gomes.

Para o líder do PSD Algarve, e também autarca de VRS António, "não se percebe como é que uma região com uma taxa de desemprego mais alta que a média nacional não recebe medidas de inclusão, mas sim medidas que agudizam ainda mais os probelmas de falta de trabalho".

Segundo o líder do PSD Algarve, as câmaras que tinham o compromisso de fazer as candidaturas para os estágios desitram de o fazer pois "o Governo não está as fincanciar os custos" para o Algarve, ao contrario do que faz de outras regiões que têm direito a um "co-financiamento de 70% do valor dos Estágios".

A reação do PSD/Algarve chega hoje após o financiamento ao abrigo da quarta edição do PEPAL ter sido anunciado a semana passada pela secretaria de Estado da Administração Local.

Indignado, o líder do PSD Algarve, Luís Gomes, questiona como é que um programa com o objetivo de aproximação os jovens ao mercado de trabalho, pode excluir uma região que “apresenta um dos mais elevados índices de desemprego do país”.

Já em julho deste ano, Macário Correia afirmou à Lusa tratar-se de uma "injustiça" e de "discriminação negativa" perante os jovens que "não têm culpa do local onde nasceram" e apelou mesmo ao Governo para que encontrasse soluções.

Na ocasião, fonte do ministério da Presidência disse que os municípios de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve também iam ter "acesso aos estágios" realizados ao abrigo do PEPAL.

O PEPAL visa possibilitar uma experiência profissional a 1.045 jovens, durante um ano, em câmaras municipais, juntas de freguesias e associações de municípios.

O desemprego no Algarve pode atingir este inverno 33.000 pessoas, alertou recentemente a União de Sindicatos do Algarve, em entrevista à Agência Lusa.

“Se em 2009, com 16.000 desempregados no verão, chegámos aos 30.000 no inverno seguinte, e se neste verão tivemos para cima de 20.000, significa que seguramente teremos mais de 30.000 desempregados no próximo inverno. Podemos estar a falar de 33.000 ou 34.000 desempregados no Algarve”, afirmou o dirigente sindical António Goulart.

A Lusa contactou o assessor de imprensa do secretário de Estado da Administração Local, mas não foi possível obter nenhuma reação em tempo útil.

Folha do Domingo/Lusa