Com o objectivo de elaborar um relatório sobre moinhos de maré e azenhas do rio Arade, além da troca de experiências e solidificação da relação entre os dois agrupamentos escutistas, foi um fim-de-semana bem preenchido, apesar de ter sido marcado pela chuva, que não impediu que escuteiros cumprissem os seus objectivos, explorando a área envolvente, estudando e registando elementos sobre os diversos moinhos de maré ali existentes.
Importante, e objecto de demorado estudo, foram as grutas Ibn ‘Ammâr, nas quais os escuteiros e seus chefes, devidamente apetrechados de equipamento espeleológico, percorreram diversas galerias ao longo do lago subterrâneo e traçaram mapas da área cavernosa explorada.
A exploração das grutas de Estômbar foi uma experiência inesquecível para os 15 jovens e seus quatro dirigentes, que observaram estalactites e estalagmites, procuraram perceber os “mistérios” das profundezas e a importância da preservação de tão raro património natural do concelho de Lagoa, votado ao abandono e muito vandalizado.
Numa época chuvosa, em que o lago subterrâneo apresentava um caudal maior do que o habitual, foi preciso nadar e mergulhar para ir “mais além” à procura do desconhecido. A aventura nas grutas foi, logo, motivo para a elaboração de outro trabalho sobre uma temática ainda muito pouco explorada.
Regressados ao acampamento, marinheiros e pioneiros excederam-se em actividades de campo, incluindo o jantar, em “cozinha selvagem”, a que se seguiu o convívio nocturno, de reflexão sobre a época natalícia e o sentido de ser escuteiro.
O domingo foi marcado com um grande desafio: um “jogo de sobrevivência”. Didáctico e divertido, com dificuldades acrescidas em função da chuva não deu tréguas nesse fim-de-semana.
Após o almoço, novamente em “cozinha selvagem” confeccionada em campo, e levantado o acampamento, ainda houve tempo para um concurso de tiro ao alvo, com as “ferramentas” da natureza: os arcos e as flechas construídos durante a manhã.
Os escuteiros de Carvoeiro e Lagoa assinalaram, deste modo, o início das férias de Natal, num fim-de-semana rico em aprendizagem e camaradagem, fortalecendo laços de amizade na “escola da vida” da educação pela acção que o Escutismo proporciona.
Falcão da Atalaia