© Luís Forra/Lusa
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A Junta de Freguesia de Olhão admite levar a tribunal a Refer, empresa pública responsável pela rede ferroviária nacional, para exigir que uma passagem de nível pedonal seja reaberta, disse à Lusa o presidente da autarquia.

“A população não quer e não aguenta”, afirmou Luciano Neves de Jesus, acrescentando que diariamente recebe queixas de moradores, principalmente das pessoas idosas e com dificuldades de mobilidade.

A Refer encerrou, em outubro de 2014, a passagem pedonal entre a Avenida Dr. Bernardino da Silva e a Avenida da República, junto ao centro da cidade, por considerar que o risco para os peões aumentou desde que os comboios passaram a circular com maior velocidade.

Passados cinco meses, o executivo da freguesia (sede de concelho) defende a reabertura com a introdução novas medidas de segurança como cancelas e sinalização sonora.

“A solução superior tem de ser de facto definitiva. É muito mais barata, é segura e serve toda a população”, prosseguiu, observando que existem passagens pedonais do mesmo género em Faro e Tavira e outras duas em Olhão que não vão ser encerradas.

Perante as críticas da população, a Refer acordou com a Câmara Municipal de Olhão que iria assumir as despesas com uma solução alternativa, tendo desde então aquela autarquia procurado opções, entre as quais a introdução de alterações na passagem inferior, com a redução da inclinação do percurso e o alargamento do passadiço para 1,6 metros.

Esta hipótese coloca reticências ao executivo da Junta de Freguesia, que só este ano já viu a passagem inferior, que inclui passagem de veículos, ficar inundada pela chuva por duas vezes, cortando assim a ligação entre a zona norte e a zona sul de Olhão.

O responsável apoia-se na lei do atravessamento de passagens de nível, que refere que as câmaras municipais podem solicitar a reabertura da passagem por interesse da população.