“Em dezembro passado, a Câmara de Tavira prometeu-nos um terreno na Mata da Conceição para avançarmos com o projeto de um refúgio de cães, sem fins lucrativos, e com o objetivo de ajudar a salvar os animais no canil municipal, que está a rebentar pelas costuras, mas agora está a negociar com outra associação”, lamentou Odete Stone, membro da 3AT – Associação Amigos dos Animais de Tavira, em declarações à Lusa.

Segundo Odete Stone, o que foi definido com a autarquia era a Câmara doar o terreno para depois a associação 3AT executar a administração do espaço, que seria sempre do município.

Contudo, adianta, a autarquia revelou intenções de realizar um protocolo com a Animalar (instituição da Sociedade Protetora dos Animais) para um novo canil.

“A Animalar tem um terreno há cinco anos para abrir um canil e nunca fez o canil, porque razão é que quer avançar”, questionou Odete Stone, lamentando que a falta de um espaço digno para os cães.

Em declarações à Lusa, o vereador com o pelouro do Ambiente da Câmara de Tavira, José Manuel Guerreiro, garante que o município vai ter um novo canil através de um protocolo “que vai ser feito com a Animalar da Sociedade Protetora dos Animais, onde já há um hotel para cães, e que vai albergar os animais do canil municipal”

O canil municipal de Tavira tem capacidade para albergar cerca de 10 cães e quando há excesso de canídeos, os animais são levados para o canil de Loulé, com o qual a autarquia tem um protocolo, explicou a autarquia.

Em declarações à Lusa, o responsável pela Sociedade Protetora dos Animais, Tomé de Barros Queirós, adiantou que a criação de um novo canil está apenas dependente da autarquia autorizar a existência de um guarda noturno “em permanência”, o que envolve uma casa.

A Sociedade Protetora dos Animais defende um guarda em permanência e está a fazer um projeto de uma casa para entregar na Câmara de Tavira, acrescentou Tomé de Barros Queirós.

A autarquia de Tavira garante que desde que assumiu a presidência – há mais de um ano – só os cães doentes que ameaçam a saúde pública é que foram executados.

Lusa