Considerando que a sua deslocação à capital algarvia para presidir à assinatura do protocolo, representa sobretudo um ato de valorização do trabalho de voluntariado desenvolvido pelo movimento associativo, o secretário de Estado destacou o trabalho das Misericórdias e das Instituições Privadas de Solidariedade Social no nosso país, tendo considerado que as parcerias entre instituições, autarquias e Estado são fundamentais para a qualificação da vida social.
No salão nobre da Santa Casa da Misericórdia, onde decorreu a cerimónia, José Junqueiro apontou como exemplo deste esforço conjunto os equipamentos criados na área da saúde, nomeadamente através das unidades de cuidados continuados que contam com um programa de construção a nível nacional de cerca de sete mil camas.
O protocolo agora formalizado destina-se à comparticipação da primeira fase das obras de reparação da cobertura e das paredes da igreja da Misericórdia de Faro, orçadas em 99.478,75 euros.
A Misericórdia de Faro fez entretanto saber em comunicado que continuará a “lutar denodadamente em todas as frentes para obtenção das fontes de financiamento necessárias para custeio da total reabilitação” do edifício.
O governante realçou, em Faro, que os investimentos feitos nos últimos anos pelo Governo, na área social, são os mais elevados registados no país durante a República Portuguesa, tendo considerado que esta, para além de válida, constitui uma aposta segura.
“Não há memória de investimentos tão elevados na área social e de equipamentos, mas fazemos uma boa aposta, uma aposta segura, porque temos gente muito responsável que faz render cada uma dessas contribuições”, referiu o secretário de Estado.
No âmbito da recuperação do património religioso do Algarve foi recentemente assinado um protocolo entre a Direção-Geral das Autarquias Locais, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e a paróquia de Portimão, com vista à atribuição de uma comparticipação de cerca de 45 mil euros destinados à reabilitação dos tetos da igreja matriz de Portimão, classificada como Imóvel de Interesse Público.
O referido protocolo corresponde a 45% do valor comparticipável da obra de reabilitação dos tetos da Igreja, que ascende a 99.760 mil euros. A execução da obra será comparticipada pela Direção-Geral das Autarquias Locais através de dotações incluídas no PIDDAC, com um montante máximo de 44.892 mil euros.
Durante a assinatura do protocolo, realizada na igreja do Colégio de Portimão, a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, realçou igualmente a importância da preservação do património religioso do Algarve, enquanto elemento enriquecedor da cultura e da história da região.
“Os espaços religiosos constituem um património muito valioso na região algarvia, pelo que devemos unir esforços no sentido de preservar esta importante referência cultural onde estão perpetuados importantes e grandes acontecimentos da nossa história”, observou Isilda Gomes, referindo que a recuperação da igreja matriz de Portimão surge na sequência de uma participação ativa de toda a comunidade algarvia.