“A presente empreitada [dragagens da nova barra] não interfere com a navegabilidade da Ria [Formosa], nem coloca em causa o acesso das embarcações ao mar, já que o fecho da barra antiga, prevista para finais de abril, só terá lugar após a conclusão dos trabalhos de dragagens na barra nova”, disse à Lusa fonte da Sociedade Polis Ria Formosa.

Os trabalhos de dragagens da nova barra incluem o reforço do cordão dunar, em curso, e possibilitarão a sua transposição em condições de maior segurança", adiantou a mesma fonte.

A Sociedade Polis Litoral Ria Formosa informa ainda que está a trabalhar no sentido de realizar de forma assídua e regular a monitorização da barra, de modo a "programar dragagens periódicas de manutenção, que possibilitem a utilização permanente, quer da barra, quer dos canais navegáveis".

O Movimento Cidadania Ativa Somos Olhão (SO) informou na quinta-feira que tinha intenções de ir pedir “o direito à compensação dos pescadores lesados, que ficaram impedidos de circular na barra com acesso ao mar, não podendo exercer a profissão”.

A barra da Fuseta foi inaugurada a 26 de novembro de 2010 na presença da presidente da Sociedade Polis Ria Formosa, Valentina Calixto, mas o mau tempo assoreou a nova barra alguns dias depois.

A Sociedade Polis Ria Formosa admitiu também hoje existir um “processo de troca de informação” com a Direcção-Geral do Ambiente da Comissão Europeia, mas garantiu não haver processo em Tribunal Europeu referente à barra da Fuseta.

"A troca de informações incide sobre a ausência de avaliação de impacto ambiental (AIA) dos projetos na zona da Fuseta", explica aquela entidade, referindo que de acordo com a legislação em vigor," tais projetos não estariam sujeitos a AIA, dado que tinham o devido enquadramento em Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC)" e consubstanciavam obras de dragagem que tinham por objetivo a manutenção das condições de navegabilidade e constituíam obras de emergência".

Lusa