Considerando que a “cultura atual apropriou-se do Cristianismo”, a conferencista defendeu que “as catequeses têm que aprender a dialogar com a dimensão virtual, com as imagens das revistas, pois elas mostram-nos o que é o futuro” e considerou que Bento XVI já “está a falar-nos e a preparar-nos para o futuro”. Neste sentido, lembrou que o sínodo que o Conselho Pontifício para a Nova Evangelização agendou para o próximo ano e que se irá debruçar precisamente sobre este assunto da Nova Evangelização.
“Há que adotar novas linguagens de comunicação social. A formação mediática tem que fazer parte da educação. Prestemos atenção à publicidade na televisão e nas revistas, pois os criativos estudam e manipulam a «teologia» da imagem para fazerem passar mensagens subliminares nela baseadas que passam ao lado dos adultos”, defendeu, referindo-se à “tecnologia da imagem”, considerando que “os publicitários conhecem bem a patrística e as escrituras”.
Por outro lado, Eugénia Tomaz considerou ainda que “deverá haver unidade entre a cultura da fé e o racionalismo”, que a Ciência anda “totalmente à procura de Deus”, que “estamos no tempo escatológico intermédio”, o “tempo da imagem”, o “tempo da construção do futuro” em que “prevalece o domínio da matéria” e no qual se procura, “através do conhecimento científico”, a “descodificação da natureza”. “O ser humano é esvaziado de si próprio para ser preenchido pela tecnologia”, acrescentou.
Por tudo isto, considerou que “a visão espiritual e a visão sensível devem andar unidas”. “Faz-nos falta o silêncio, a oração, a busca da santidade, dirigir o nosso interior para Jesus Cristo”, complementou, alertando para o perigo da “subversão ontológica do ser humano”.
com Ana Maria Pimenta