O sacerdote conta ainda que a celebração da beatificação foi “muito bem vivida” pelo grupo do Algarve e considera que participação na mesma ajudou os seus membros a “entender melhor a vida do Papa João Paulo II na sua dimensão mais mística e espiritual”. Não obstante terem-se levantado no domingo às 5h, os algarvios já não conseguiram ficar nem na Praça e São Pedro, nem na rua que lhe dá acesso e assistiram à celebração através de um ecrã gigante.
O padre Pedro Manuel é, no entanto, perentório em considerar que essa contrariedade foi posteriormente compensada. “Quem não conseguiu chegar à praça, conseguiu, depois, passar junto à urna. Quem não conseguiu passar junto à urna, conseguiu rezar junto do túmulo. Ontem [anteontem, ndr] de manhã, todos nós conseguimos rezar junto do túmulo, já na capela de São Sebastião, na basílica de São Pedro”, relata o sacerdote, acrescentando que “foram momentos muito tocantes”, “de muita densidade espiritual, muito silenciosos, particulares e íntimos”.
O padre Pedro Manuel destaca ainda a “grande unidade” vivida no seio do grupo, composto por 18 participantes, com idades compreendidas entre os 11 os 73 anos. “Foram quatro dias vividos como se de uma família alargada se tratasse”, refere, lembrando que, para além do programa oficial da beatificação, os algarvios cumpriram ainda diariamente a celebração da missa e mais dois ou três momentos de oração com base nos mistérios luminosos iniciados pelo Papa João Paulo II.
Alguns membros do grupo participaram ainda na primeira missa com invocação do beato João Paulo II, presidida, no dia 2 de maio, pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano.
Os peregrinos, ligados sobretudo à Capelania da Universidade do Algarve, mas também oriundos das paróquias de Albufeira, Boliqueime e Sé de Faro, visitaram ainda os principais monumentos de Roma, com destaque para os museus do Vaticano, incluindo a Capela Sistina, e as três basílicas da cidade: São Paulo fora dos muros, Santa Maria maior e São João Latrão.