O prelado costuma lembrar mesmo que quem não recebeu ainda o Crisma, não está verdadeiramente iniciado na fé, mesmo que saiba muito sobre Cristo e a doutrina da Igreja, mesmo que reze muito e participe na Eucaristia.

Dessas autênticas «fornadas» de jovens que anualmente procuram concluir a sua iniciação cristã, principiada com o Batismo e continuada com a Eucaristia (primeira Comunhão), questiona-se muitas vezes o que lhes sucede após a receção do sacramento da Confirmação ou Crisma: tornam-se cada vez mais ativos na vida da Igreja ou desertam na primeira oportunidade?

Se há aqueles que desistem da caminhada ainda no seu início, muitos outros tentam, nas suas paróquias, ajudar a melhorar, com a sua colaboração, a Igreja a que se orgulham de pertencer. No grupo destes últimos estão os jovens que, em Albufeira, crismados há precisamente um ano (no dia 30 de maio de 2010), quiseram assinalar este primeiro aniversário, no último domingo (29 de maio), com um breve tempo de reflexão, partilha e convívio, na sua igreja matriz.

O convite partiu do pároco, o cónego José Rosa Simão, e, no final da Eucaristia das 11h, na qual participam regularmente, os jovens reuniram-se com o sacerdote para partilhar um pouco da sua vivência cristã que caracterizam agora de “mais consciente e empenhada”.

Embora nem todos os membros do grupo tenham podido participar, – até por estarem como voluntários na campanha do Banco Alimentar Contra a Fome –, os que estiveram presentes fizeram uma retrospetiva do último ano, tentando descobrir qual o dom do Espírito Santo que esteve mais presente na vida de cada um.

Inseridos ao longo do ano de preparação para o Crisma na ação litúrgica e sócio-caritativa da paróquia, bem como noutras obras de apostolado da Igreja, aqueles jovens, que apoiam agora também o cartório da paróquia, reconheceram o esforço para não faltar à Eucaristia, apesar de muitos estarem longe a fazer os seus estudos na universidade. Muitos são também acólitos e outros colaboram na catequese paroquial, alguns noutra paróquia por, entretanto, terem mudado de residência. Outros ainda pensam formar um grupo de jovens e até um coro juvenil.

No final do encontro ficou agendada nova reunião para voltar a fazer da partilha de experiências e do convívio um hábito que ajude a fortalecer uma caminhada que é comum a todos estes e a muitos outros que se encontram inseridos noutras paróquias do Algarve.

Samuel Mendonça