O presidente do SNBP, Sérgio Carvalho, relembra, no entanto, que nas recentes inundações em Faro foi dado um alerta do corpo de bombeiros da FOCON para que os bombeiros comparecessem ao serviço, mas só apareceram municipais. "Voluntários não compareceu nenhum, porque não tinham disponibilidade”, criticou aquele sindicalista.
O representante sindical refere que “ao serviço diário, comparecem um ou dois bombeiros voluntários, quando aparecem”, e adianta que o quartel da corporação "está vazio" e a instituição está “praticamente extinta”.
"Isto reforça o que o sindicato sempre disse: a câmara acabaria com os bombeiros voluntários e com uma instituição centenária”, lamentou.
Sérgio Carvalho disse ainda que, em Faro, “continua a existir um grave problema ao nível das chefias diretas dos piquetes, porque há bombeiros voluntários nos quartéis dos bombeiros municipais a chefiá-los”.
“Ou seja, temos pessoas civis a dar ordens a bombeiros que são funcionários públicos e têm um regime disciplinar e administrativo totalmente diferente, o que consideramos ser ilegal e vamos apresentar uma queixa à Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL) sobre essa situação”, acrescentou.
Confrontado pela Lusa com as críticas do SNBP, Macário Correia afirmou que “a FOCON tem ano e meio de atividade e o balanço é positivo, com vantagens logísticas, operacionais e económicas”.
“Nunca comentei comentários de Sindicatos e, no caso em apreço, os Tribunais não deram qualquer razão ao que eles disseram. Portanto não há qualquer ilegalidade”, acrescentou o autarca.
O presidente do SNBP manifestou-se ainda “expetante” relativamente aos cortes orçamentais para combate a incêndios florestais no Algarve, “nomeadamente nos meios aéreos e em equipas de primeira intervenção”.
Sérgio Carvalho disse que “houve um reajuste de todo o dispositivo de forma a haver uma melhor resposta” e manifestou “esperança de que tudo funcione, se houver uma melhor organização e se apostar nas equipas de primeira intervenção ou numa intervenção mais rápida”.
Macário Correia, que também presidente à Comunidade Intermunicipal do Algarve, reconheceu que este ano houve “ajustamentos de custos para a época de incêndios, mas sem quebra do dispositivo operacional”.
Lusa