A bebé morreu na terça-feira à tarde naquele concelho algarvio vítima de afogamento num charco de água numa vivenda onde funcionava uma creche ilegal, tendo entrado já cadáver no Hospital Central de Faro.
O Ministério Público enviou na quarta-feira ao final da tarde o pedido da investigação do caso à diretoria de Faro da PJ, que vai agora conduzir o processo.
O primeiro passo é ouvir “todos os intervenientes” relacionados com a morte da menina de um ano e quatro meses de idade, avançou à Lusa fonte da PJ, sublinhando, todavia, que a investigação tem os “seus timings” e que não vão ser expostos publicamente.
Fonte da PJ de Faro explicou que o caso é “muito delicado” e que a brigada que vai ficar a trabalhar no caso “é muito reservada”.
Segundo informações do Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro, o alerta de que uma criança com cerca de um ano de idade tinha sido vítima de queda num “charco de água” foi dado aos bombeiros às 13:39 de terça-feira.
Os bombeiros seguiram para o local com dois veículos e avisaram o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que às 13:42 “recebeu a informação de que uma criança estava paragem cardio-respiratória devido a afogamento num pequeno lago com um a dois palmos de água de altura”, adiantou à Lusa fonte das relações públicas do INEM.
O INEM, que esteve no local com suporte avançado de vida, ainda conseguiu “a um determinado momento reverter a paragem cardio-respiratória, mas infelizmente a criança voltou a entrar em paragem”, contou a mesma fonte.
A equipa seguiu com a criança para o Hospital Central de Faro, mas segundo fonte hospitalar a bebé “entrou cadáver” naquela instituição hospitalar cerca das 15:30.
O presidente da Segurança Social, Edmundo Martinho, já informou que a creche ilegal foi fechada
A proprietária da vivenda, que está a receber apoio psicológico após ter ficado em estado de choque com a notícia da morte de uma menina que estava ao seu cuidado, tomava conta de seis crianças com idades inferiores aos dois anos.
Os pais das restantes cinco crianças estão a ser apoiados pela Segurança Social para que, juntos, encontrem uma solução para a guarda dos filhos, adiantou Edmundo Martinho.
Lusa