Desde há uns anos que vários destes clubes noturnos provisórios abrem todos os verões no Algarve, normalmente junto à praia, mas no ano passado o tribunal mandou encerrar um deles que funcionava num hotel em Vilamoura.

No entanto, alguns dos presidentes de algumas das câmaras criticadas pela associação por licenciarem os espaços noturnos durante o verão rejeitam a ideia de estarem a praticar concorrência desleal e prejudicar as discotecas.

Em comunicado, fonte da ADSA afirma que a proprietária tenciona abrir novo espaço numa antiga discoteca e aponta que outros clubes deverão abrir sem alvará no verão em Vilamoura, na Praia de Manta Rota, na Praia da Rocha e na Praia Verde.

Segundo a ADSA, a existência daquelas discotecas tem causado grandes dificuldades financeiras aos proprietários dos espaços noturnos que estão abertos no Algarve todo o ano.

Os donos das discotecas abertas todo o ano “já reduziram e enviaram para o desemprego inúmeros funcionários derivado dessa concorrência ilegal e desleal", lê-se no comunicado.

A associação alerta ainda para a iminência de alguns daqueles espaços terem que fechar "definitivamente" após o verão por não conseguirem enfrentar a despesa anual com taxas e impostos a que as outras discotecas de verão não estão sujeitas.

Confrontado com as críticas da ADSA, Luís Gomes, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, disse à Lusa que já está "habituado todos os verões ao folclore dessa reivindicação" e sublinhou que "quem toma decisões no concelho são os vila-realenses e o executivo por eles eleito, não é a Associação de Discotecas do Sul e Algarve".

A autarquia vila-realense tem apostado nos últimos anos na abertura do Manta Beach em Julho e Agosto para criar atratividade para o concelho na área da diversão noturna, à semelhança do que aconteceu no verão passado com a autarquia vizinha de Castro Marim, que abriu o Beasuris na Praia Verde.

O presidente da Câmara de Castro Marim também refutou a ideia de estar a favorecer a concorrência desleal, afirmando que "no concelho não há nenhuma concorrência que saia prejudicada, porque não há nenhuma discoteca licenciada pela autarquia".

"Estes espaços têm inclusivamente uma filosofia diferente das discotecas clássicas e não entram em colisão com elas. Hoje em dia a juventude procura outro tipo de conceito", acrescentou.

Lusa