No início da celebração, D. Manuel Quintas introduziu ao significado da comunhão com D. Manuel Madureira Dias. “Queremos unir-nos a si no louvor a Deus pelo ministério ordenado e por ter sido enviado a exercê-lo como pastor nesta Igreja diocesana do Algarve que serviu ao longo de quase 16 anos com total doação e generosidade”, afirmou o bispo do Algarve.
D. Manuel Quintas destacou ainda o significado particular para aqueles que foram ordenados pelo bispo emérito. “Alguns de nós, diáconos, padres e, no meu caso, como bispo, sentimos mais viva esta comunhão de ação de graças pelo facto de termos recebido, pela imposição das suas mãos, o dom do ministério ordenado”, referiu, o bispo do Algarve que evocou ainda a ocorrência das bodas de ouro sacerdotais do padre Manuel Leitão Marques e das bodas de prata sacerdotais do padre César Chantre, a celebrar, respetivamente, nos próximos dias 23 de julho e 28 de junho.
D. Manuel Quintas pediu ainda a D. Manuel Madureira Dias que “invocasse para todo o clero do Algarve, o dom da fidelidade ao ministério ordenado, o dom da alegria no seu exercício, o dom da unidade e da comunhão no seu testemunho, condições essenciais para a sua fecundidade e para o despertar e a perseverança de novas vocações ao serviço de toda a Igreja” e, particularmente, da Igreja algarvia.
O bispo jubilado acedeu ao pedido e aproveitou mesmo a ocasião para pedir desculpa ao seu antigo presbitério. “Esta celebração vai ser em ação de graças pelo clero da diocese, mas também para vos pedir perdão se não realizei a comunhão que devia realizar convosco e se não vos tratei como irmãos durante os 16 anos que aqui estive”, observou o D. Manuel Madureira Dias.
O bispo emérito exortou a não desanimar no exercício do ministério apelando à “força”, à “coragem” e à “energia espiritual”. “Não nos pregamos a nós próprios mas à pessoa de Cristo, o Sumo-sacerdote. Trazemos o ministério em «vasos de barro». «Vasos de barro» que não obstante isso, o próprio Cristo quis escolher para que viesse ao de cima, não o que nós somos mas aquilo que Ele faz, servindo-se de débeis instrumentos”, afirmou, evidenciando que “é assim a providência divina”.
Ao celebrar 50 anos de sacerdócio, D. Manuel Madureira Dias quis situar-se no “coração da missão da Igreja” que é “especialmente confiada aos padres e aos bispos” – a missão de “evangelizar” – e apelou a que os padres sejam homens renovados no batismo e no ministério.
O prelado agradeceu aos presentes a “presença amiga e a oração” por ele e pelos padres César Chantre e Leitão Marques.
Após a celebração, os bispos, sacerdotes e diáconos da Igreja algarvia seguiram de barco para a Ilha de Tavira para o almoço-convívio. “Vamos fazer deste dia, um dia de convívio, de estarmos juntos, de alegria e de fortalecermos a nossa comunhão, pois passa por aí a resposta que somos chamados a dar no exercício deste nosso ministério”, pediu D. Manuel Quintas.