Existiriam muitas Basílicas a Ocidente e nos inícios do século IV, para além da “outra” parte imperial a Oriente, onde especialmente o imperador cristão Constantino mandara erigir muitos e significativos monumentos basilicais. O imperador fora o mentor da importante transferência da capital imperial para a “Nova Roma” em “Constantinopla”, a antiga “Bizâncio”, e já atrás mencionada. E com esse facto importantíssimo, reflectiu-se numa alternante forma artística arquitectural e decorativa, e bem paradigmáticas da Arte e Arquitectura Cristã, através da significativa e próspera alteração estilística trespassada pelo Bizantinismo.
Em “substituição” dos mais antigos exemplares africanos, tal como a Basílica argelina de “Cirta” _ outra importante cidade e capital da Numídia situada na “Diocesis” africana, antiga “Constantina” (Argélia) _ esta “nova” Eclésia teria sido “reimplantada” a mando de Constantino, e naturalmente em estilo bizantino, não havendo até hoje, infelizmente, comprovações arqueológicas desse facto. Esta “Casa” do mundo ocidental evidenciaria, na orbita de Cartago, outra importante capital do mundo original cristão, e Eclésia primitiva ainda hoje “desaparecida”. A actual “separação” do mar Mediterrânico, tem sido factor determinante da fraca exploração e investigação arqueológicas acerca do cristianismo nascente, nessas regiões da África setentrional. As antigas “Ecclesiae” norte-africanas, conservam ainda hoje inúmeros exemplares, e fazendo parte de um “Corpo” de Arquitectura Bizantina de grande relevo para a História da Arte mundial.
A mando de Constantino e, até talvez por ele presidido, foram realizados dois grandes eventos conciliares, um ocidental em Arles (Gália, 314) com a presença de cerca de 47 eclesiásticos e, depois, o de Nicéia (Ásia Menor, 325) a oriente. O primeiro conta já com a presença bispal britânica, correspondendo à nova divisão administrativa correlativa à “Prefeitura Pretoriana” da Gália, sendo que o último concílio, a levante, é ecuménico e contando com a presença de mais de 300 Bispos. Ambos sínodos são organizados por interposta direcção do importante Bispo hispânico, Ósio de Córdova, e já atrás referido neste ensaio. “Osius”, muito anteriormente, e sendo bispo desde muito novo (c.294) e no tempo de Diocleciano, constituiria outro marcante elo junto aos imperadores (Constâncio e Constantino) mas, também pelo vínculo bispal e pela aproximação geográfica à “nossa” Lusitânia, e a “Ossonoba” (Faro). Por intermédio do mais ancestral Concílio de “Eliberi” (c.300, Elvira, Granada) e do tempo de Diocleciano, confirmou-se essa ligação pessoal e, por sua vez, com o nosso destacado Bispo ossonobense, “Vicentius”. Com toda a certeza os dois eminentes Bispos hispânicos se relacionariam, desta vez em Elvira, talvez ainda na última década do século III, e Ósio também presidiria a este “mais remoto” concílio ibérico, e até hoje registado. O Bispo “Felix” da Eclésia de “Acci” (Guadix) assinaria também as actas conciliares de Elvira mas, em primeiro lugar, no entanto, apenas por ser considerada a mais antiga Igreja da “Hispaneae”. E existem referências na Patrologia desse facto. “Lusitaniae” e “Baetica” estão geograficamente “lado a lado”, e irmanadas através destas 2 eminentes personalidades bispais: Ósio e Vicente. Falta no entanto investigar onde poderão ser detectados os vestígios da magnífica “Prima Cathedra” de “Vicentius”, e cabeceira de outra “desaparecida” Basílica mas, em Ossonoba (Faro), e pertença do também ilustre Bispo Vicente, do século III.
Detectam-se, entretanto, outras nomeações bispais ou clericais e muitos outros testemunhos históricos ainda mais ancestrais, e dessa eminente estrutura episcopal da Ibéria, na Lusitânia, da Bética mas, também da Tarraconense. Com ligação à “África Proconsular” e à “Numídia”, no tempo de S. Cipriano, Arcebispo cartaginês, desde meados do século III e, precisamente no ano de 254, este eclesiástico relacionou-se com a Hispânia. Através de uma marcante epístola (Carta 67) já atrás referida neste estudo, esta carta é dirigida a alguns dos Bispos da Ibéria incluindo a Galécia (Léon e Astúrica Augusta) a setentrião mas, especialmente a um deles (“Marcial”), que estaria sediado na Lusitânia (“metropolis” Emérita Augusta). Este importante facto histórico, vincula-se a um grupo bispal restrito a 3 cidades mas, naturalmente todos ligados a outra época ainda mais antiga, e sobrevinda do século II. Estes Bispos estariam sediados, naturalmente, nas suas “Casas” ou em vetustas Basílicas do século III. (continua na próxima edição)
Em “substituição” dos mais antigos exemplares africanos, tal como a Basílica argelina de “Cirta” _ outra importante cidade e capital da Numídia situada na “Diocesis” africana, antiga “Constantina” (Argélia) _ esta “nova” Eclésia teria sido “reimplantada” a mando de Constantino, e naturalmente em estilo bizantino, não havendo até hoje, infelizmente, comprovações arqueológicas desse facto. Esta “Casa” do mundo ocidental evidenciaria, na orbita de Cartago, outra importante capital do mundo original cristão, e Eclésia primitiva ainda hoje “desaparecida”. A actual “separação” do mar Mediterrânico, tem sido factor determinante da fraca exploração e investigação arqueológicas acerca do cristianismo nascente, nessas regiões da África setentrional. As antigas “Ecclesiae” norte-africanas, conservam ainda hoje inúmeros exemplares, e fazendo parte de um “Corpo” de Arquitectura Bizantina de grande relevo para a História da Arte mundial.
A mando de Constantino e, até talvez por ele presidido, foram realizados dois grandes eventos conciliares, um ocidental em Arles (Gália, 314) com a presença de cerca de 47 eclesiásticos e, depois, o de Nicéia (Ásia Menor, 325) a oriente. O primeiro conta já com a presença bispal britânica, correspondendo à nova divisão administrativa correlativa à “Prefeitura Pretoriana” da Gália, sendo que o último concílio, a levante, é ecuménico e contando com a presença de mais de 300 Bispos. Ambos sínodos são organizados por interposta direcção do importante Bispo hispânico, Ósio de Córdova, e já atrás referido neste ensaio. “Osius”, muito anteriormente, e sendo bispo desde muito novo (c.294) e no tempo de Diocleciano, constituiria outro marcante elo junto aos imperadores (Constâncio e Constantino) mas, também pelo vínculo bispal e pela aproximação geográfica à “nossa” Lusitânia, e a “Ossonoba” (Faro). Por intermédio do mais ancestral Concílio de “Eliberi” (c.300, Elvira, Granada) e do tempo de Diocleciano, confirmou-se essa ligação pessoal e, por sua vez, com o nosso destacado Bispo ossonobense, “Vicentius”. Com toda a certeza os dois eminentes Bispos hispânicos se relacionariam, desta vez em Elvira, talvez ainda na última década do século III, e Ósio também presidiria a este “mais remoto” concílio ibérico, e até hoje registado. O Bispo “Felix” da Eclésia de “Acci” (Guadix) assinaria também as actas conciliares de Elvira mas, em primeiro lugar, no entanto, apenas por ser considerada a mais antiga Igreja da “Hispaneae”. E existem referências na Patrologia desse facto. “Lusitaniae” e “Baetica” estão geograficamente “lado a lado”, e irmanadas através destas 2 eminentes personalidades bispais: Ósio e Vicente. Falta no entanto investigar onde poderão ser detectados os vestígios da magnífica “Prima Cathedra” de “Vicentius”, e cabeceira de outra “desaparecida” Basílica mas, em Ossonoba (Faro), e pertença do também ilustre Bispo Vicente, do século III.
Detectam-se, entretanto, outras nomeações bispais ou clericais e muitos outros testemunhos históricos ainda mais ancestrais, e dessa eminente estrutura episcopal da Ibéria, na Lusitânia, da Bética mas, também da Tarraconense. Com ligação à “África Proconsular” e à “Numídia”, no tempo de S. Cipriano, Arcebispo cartaginês, desde meados do século III e, precisamente no ano de 254, este eclesiástico relacionou-se com a Hispânia. Através de uma marcante epístola (Carta 67) já atrás referida neste estudo, esta carta é dirigida a alguns dos Bispos da Ibéria incluindo a Galécia (Léon e Astúrica Augusta) a setentrião mas, especialmente a um deles (“Marcial”), que estaria sediado na Lusitânia (“metropolis” Emérita Augusta). Este importante facto histórico, vincula-se a um grupo bispal restrito a 3 cidades mas, naturalmente todos ligados a outra época ainda mais antiga, e sobrevinda do século II. Estes Bispos estariam sediados, naturalmente, nas suas “Casas” ou em vetustas Basílicas do século III. (continua na próxima edição)
Vitor Cantinho,
Arquitecto e ensaísta
O autor deste artigo não o escreveu ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Arquitecto e ensaísta
O autor deste artigo não o escreveu ao abrigo do novo Acordo Ortográfico