“Assistimos a um conjunto de espetáculos único, como o de sábado, do Afrocubism, que retomou o projeto aqui no festival e iniciou a sua digressão europeia”, afirmou o diretor do Festival, referindo-se ao grupo que une cubanos e malianos, como Eliades Ochoa (guitarra e voz), Jose Angel Martinez (contrabaixo), Jorge Maturell (percussões), Onsel Odit (guitarra acústica, coros), Kasse Made Diabaté (voz), Djelimady Tounkara (guitarra) ou Fode Lassana Diabaté (balafon), entre outros.
Joaquim Guerreiro mostrou-se também satisfeito com a afluência de público ao festival, que contou “com lotação esgotada todos os dias”.
“O Festival tem um espaço limitado, porque o recinto leva 5.000 pessoas, e esteve cheio todos os dias”, frisou.
Guerreiro explicou ainda que o Festival Med “é um complemento da atividade turística do concelho e ao tradicional sol e praia” e acrescentou que a autarquia “está a valorizar muito o produto cultural como forma de ser mais um valor acrescentado” para o turismo.
“Num momento em que a economia está tão debilitada, o festival é claramente um fator importante para animar a economia local, quer ao nível de visitantes, de aumento de número de dormidas e de dinamização da restauração”, acrescentou.
Questionado sobre os pontos altos dos quatro dias de espetáculos, o diretor do festival de música do mundo de Loulé destacou quatro atuações.
“Destaco no primeiro dia o concerto de Jaadu, formado pelo guitarrista francês Titi Robin e cantor paquistanês Faiz Ali Faiz, houve também a atuação de George Clinton (um dos grandes nomes do Funk), e o concerto da Balkan Brass Battle, no qual uma fanfarra romena e uma sérvia estão juntas em palco num despique e foi um momento com uma vibração e energia eletrizantes e muito apreciado pelo público. E no último dia tivemos o espetáculo de Afrocubism”, afirmou.
O vereador da Câmara de Loulé sublinhou que o Med “é um festival de música, não é de gastronomia ou artesanato, e tem vindo a implantar-se cada vez mais devido ao seu cartaz e à qualidade dos artistas” que consegue trazer ao Algarve.
“É um festival de música com uma linha artística e temos conseguido ao longo dos anos garantir essa qualidade”, acrescentou.
O Festival Med levou sons e cores de vários países do mundo ao centro histórico de Loulé e é uma forma também, segundo a autarquia, de descobrir o património da cidade.