A renovada unidade hospitalar, que abriu portas no último mês de março, integra agora duas componentes: uma unidade pública de cuidados continuados de saúde e uma unidade privada com consultas externas em diversas especialidades e bloco operatório.

No respeitante à parte pública, o hospital contempla uma Unidade de Longa Duração e Manutenção integra 21 camas de cuidados continuados, no âmbito de uma candidatura ao Programa MODELAR. Quanto à componente privada, funciona numa nova ala anexa ao edifício original, e contempla consultas externas, em diversas especialidades, nomeadamente Fisioterapia, Pediatria, Otorrinolaringologia, Cardiologia, Urologia, Imagiologia, entre outras, salas para exames, e ainda um bloco operatório para pequenas cirurgias, salas de recobro e camas de apoio.

Uma particularidade do recuperado Hospital de Loulé é que a parte privada vai ser gerida por "uma espécie de sociedade de médicos de várias especialidades que trabalhavam isoladamente e que se juntaram quase como uma cooperativa", adiantou à Lusa Seruca Emídio, presidente da Câmara de Loulé, que considera o "conceito interessante".

O secular Hospital de Loulé, no Algarve, é um edifício do século XVI, uma “referência social enorme, que tem quase cinco séculos de existência, que foi criado por D. Sebastião para dar resposta de retaguarda aos feridos que vinham do norte de África. Funcionou até 1975 como Hospital da Misericórdia, passando para a tutela do Ministério da Saúde durante muitos anos", explicou o autarca de Loulé, recordando que o edifício estava "quase em ruínas".

As obras de ampliação e recuperação representaram um investimento de 4,5 milhões de euros, sendo que a Câmara de Loulé apoiou com 1,25 milhões de euros.

Redação com Lusa