"[A obra] não pode neste tempo de crise ficar com algum sinal de dúvida até porque está contratada e tem o visto do Tribunal de Contas", afirmou à Lusa, lembrando que a requalificação tem que ser rápida por estar já atrasada.
Segundo o autarca, a intervenção naquela estrada, que atravessa todo o Algarve, é o "único argumento" plausível para o "sacríficio" e "aceitação" de portagens na Via Infante.
"Não pode haver qualquer adiamento caso contrário o Algarve estaria perante uma contestação justa e legítima por não só se introduzirem portagens a contra gosto na Via Infante como por se criar qualquer derrapagem", refere.
Macário Correia diz, por isso, que um eventual adiamento da obra em curso representaria uma "dupla penalização" para o Algarve, devido às portagens e à derrapagem no prazo de execução da obra.
O social democrata sublinha tratar-se de uma obra vital para toda a região no sentido de reduzir a sinistralidade, pelo que não deve haver qualquer dúvida por parte da equipa técnica da "troika" em que esta deve avançar.
Macário Correia admitiu na passada semana a introdução de portagens na Via Infante face à situação financeira do país e às medidas acordadas com as instituições internacionais apesar de frisar que continua contra a medida.
A Comissão de Utentes da Via Infante interpretou as suas declarações como sendo concordantes com as portagens e responsabilizou-o pelas mortes e ferimentos que venham a registar-se na EN125 caso aquelas avancem.