A Fatacil, feira de artesanato, comércio e agricultura de Lagoa, que decorre anualmente em agosto, é gerida pela Fatasul, uma associação formada pela Câmara Municipal de Lagoa, de maioria PSD, e pela associação dos trabalhadores daquela autarquia do Algarve.
Em declarações à Lusa, o vereador João Carlos Pereira considera que a situação financeira da associação gestora da feira, “é grave, com dívididas acumuladas a fornecedores que rondam os 800 mil euros”.
João Carlos Pereira defende “a necessidade de repensar o atual modelo de gestão e o próprio formato da feira”, que, segundo disse, “este ano ficou transformada numa feira de comes-e-bebes”.
Para evitar o “desaparecimento” da Fatacil, os vereadores socialistas propõem que a câmara municipal “extinga a Fatasul e assuma a feira como um evento por excelência, de promoção do Município e das suas atividades económicas”.
Aqueles vereadores criticam também a posição do presidente da autarquia, que “continua a ignorar a deliberação da Assembleia Municipal, que exigiu a apresentação do estudo de viabilidade financeira da Fatasul até Abril passado”.
A Agência Lusa tentou obter uma reação da Fatasul, mas ninguém se mostrou disponível para reagir às acusações dos vereadores socialistas.