Segundo o presidente da autarquia de Portimão, o conjunto de propostas para reabilitar o centro antigo da cidade, ainda não foi discutido pelo executivo camarário, e está em aberto para a realização de reflexões que suscitarem.
“São propostas apenas e suscetíveis de discussão e alterações”, sublinhou Manuel da Luz.
O plano vai incidir numa área edificada de 17 hectares, abrangendo 726 edifícios, alguns dos quais em estado de abandono ou devolutos.
As propostas dos arquitetos Catarina Antunes, Miguel Arruda e Sidónio Pardal, assentam na revitalização dos edifícios e espaços adjacentes, de forma a conseguir “maior dinamismo e atrair mais pessoas ao centro da cidade”.
Para o arquiteto paisagista Sidónio Pardal “é no centro das cidades que se deve concentrar o maior movimento, conciliando a expansão urbana e arquitetónica, mas sem perder a alma do sítio”.
O Plano Estratégico de Reabilitação Urbana do Centro Antigo da cidade de Portimão tem um investimento calculado de 24,8 milhões de euros, dos quais 16,4 milhões correspondem à intervenção na malha edificada e os restantes 8,4 milhões ao espaço público.
De acordo com o jurista Carlos Lobo, antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, “o plano será submetido a financiamento de fundos comunitários, mas serão também os proprietários que terão de sustentar alguns encargos com a reabilitação dos seus imóveis”.
Carlos Lobo acrescentou que, na atual conjuntura económica, além dos fundos comunitários e dos proprietários, “o plano deverá ser financiado por parcerias público-privadas”, cabendo ao município desenvolver os meios de financiamento.