“Neste período de fim de ano, em que muita gente tirava uns dias para vir ao Algarve, este ano não haverá nenhum ‘boom’, como se verificava antes”, disse à Lusa Elidérico Viegas, da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

Como razões para a quebra apontou a conjuntura económica, mas também a coincidência dos feriados aos domingos, a não atribuição das tolerâncias de ponto e a cobrança de portagens na autoestrada A22.

“A cobrança de portagens não foi um tiro no pé, foi um tiro na cabeça”, sustentou o dirigente hoteleiro.

Por outro lado, Elidérico Viegas acentuou que a tendência que se verificava nos últimos anos de algumas famílias com mais poder de compra passarem o Natal em hotéis de luxo também se vai perder.

“Era uma tendência residual, mas em crescendo, que este ano vai acabar”, disse, explicando que essa queda se dará “não porque essas famílias tenham deixado de ter poder de compra mas porque têm muito cuidado na forma como se expõem numa conjuntura de crise”.

Apesar das quebras conjunturais, o presidente da AHETA admitiu que no último fim-de-semana do ano a ocupação das unidades hoteleiras poderá crescer, embora em menor percentagem e por menos dias do que era hábito.

Lusa