Recorde-se que as comunidades católica de tradição bizantina (greco-católica) e ortodoxa presentes no Algarve, constituídas, respetivamente, por muitos milhares de imigrantes ucranianos e romenos celebram o nascimento de Jesus Cristo naquele dia, associando-se assim a muitos cristãos de rito bizantino que seguem também o calendário juliano, criado em 45 a.C. pelo imperador romano Júlio César que difere do calendário gregoriano, utilizado entre nós.

Embora ambos cristãos, as diferenças entre greco-católicos e ortodoxos são evidentes. Enquanto os católicos de tradição bizantina estão ligados a Roma, tal como os cristãos ocidentais, os ortodoxos seguem as orientações de Moscovo.

A iniciativa, que teve lugar no restaurante das Piscinas Municipais de Faro, ocorreu após as celebrações da eucaristia que se realizaram em diversos pontos do Algarve, presididas pelo padre Oleg Trushko, o único sacerdote greco-católico a dar apoio à comunidade ucraniana algarvia, que também esteve presente no jantar.

Para além do sacerdote também marcou presença o presidente da Câmara de Faro, Macário Correia, e o presidente da AUA, Igor Korbelhak, que distinguiu as entidades oficiais, empresas e particulares do Algarve que têm apoiado aquela associação com a entrega de um diploma de reconhecimento.

Nataliya Dmytruk, da comunidade greco-católica algarvia, explicou à FOLHA DO DOMINGO que, pese embora a significativa adesão dos imigrantes ucranianos à iniciativa, é notória a diminuição daqueles imigrantes no Algarve. “Muitos já foram embora porque falta muito trabalho aos homens e até começou já a faltar também trabalho às mulheres, o que nunca aconteceu”, testemunhou.

Samuel Mendonça