Num requerimento a entregar à Secretaria de Estado do Turismo, a que a Lusa teve acesso, os parlamentares questionam se já foi tomada uma decisão definitiva sobre a possível extinção daquele programa de animação.
Em caso positivo, perguntam se o Executivo pondera conceber um novo programa que assegure “um forte impacto externo e a valorização da marca Algarve com eventos de prestígio internacional”.
Os dois deputados eleitos pelo distrito de Faro consideram que o programa iniciado em 2007 não conseguiu atrair turistas e combater a sazonalidade, ficando “largamente aquém das legítimas expetativas que os operadores turísticos e agentes económicos conexos cultivaram a este propósito”.
Lamentando que não tenha havido retorno dos “muitos milhões” investidos, classificam o programa uma oportunidade perdida, já que “degenerou numa panóplia inusitada de iniciativas de cariz local e regional que não qualificaram a oferta turística nem contribuíram para forjar o ressurgimento” do turismo no Algarve.
Os deputados defendem a execução de um leque “reduzido mas valioso de iniciativas marcantes” na época baixa, cujo efeito contribua para um destino para todo o ano.
Lamentam que, ao contrário, o Allgarve tenha canalizado “recursos públicos para animar uma temporada cujas realizações culturais já tinham uma assinalável expressão, sobrepondo eventos e não adotando uma estratégia que conciliasse o binómio animação-promoção”.
Na passada semana, a Secretaria de Estado do Turismo admitiu a extinção do programa Allgarve, embora a questão ainda esteja em análise, mas dias antes a secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, citada pela revista Ambitur, afirmara que o programa “não foi a forma mais correta de promover a região".
Na passada sexta-feira, o presidente do Turismo do Algarve garantiu que lutará para que a região tenha um programa de eventos e mostrou-se esperançado de que o Governo não decrete a extinção da animação turística na região.
Lusa