Em declarações à Lusa, Macário Correia sustentou que aquele número refletia a realidade de há dois anos, pois agora o peso das despesas com pessoal no conjunto de encargos correntes da autarquia é de apenas 40%.
Como razões para essa descida, o autarca apontou as passagens à reforma de alguns trabalhadores, as transferências para outros serviços do Estado e a caducidade de contratos que não podem ser renovados.
Qualificou como ”natural” que o número de funcionários da autarquia ainda venha a descer dos atuais 900, mas revelou que não há qualquer meta nesse sentido.
“Esse anuário [Financeiro dos Municípios] peca por tardio e é publicado com um ano e meio de atraso sobre a realidade, pelo que traduz o que se passava na altura”, reforçou.
Na terça-feira, foram apresentadas as conclusões do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, que divulga os últimos dados globais disponíveis, realizado pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, que faz uma análise da saúde financeira dos 308 municípios, de 304 empresas municipais e de 29 serviços municipalizados, considerando os dados oficiais declarados em 2010.
De acordo com o estudo, os municípios e as empresas municipais devem globalmente cerca de 10 mil milhões de euros e estão a demorar mais a pagar aos fornecedores, prejudicando as economias locais.
Cerca de 80% dos 308 municípios têm pouca capacidade para gerar receitas próprias, dependendo em pelo menos 50% das verbas transferidas pelo Estado para sobreviver.