Esta quebra nas produções leva ao aumento dos preços, sendo que antes os produtores compravam a palha do Alentejo por 2,5 e três euros por um fardo de 18 quilos e hoje o valor atingiu os 3,5 euros por fardo. Com esta subida de preços que se calcula ser para continuar “são muitos os produtores que manifestam intenção de vender os animais para fazer face aos custos acrescidos”, segundo o documento divulgado pelo Ministério da Agricultura.
Em relação à campanha anterior dos cereais de outono/inverno, regista-se um aumento das áreas de sementeira de aveia de 5% no barlavento e 10% no centro e a manutenção das áreas no sotavento. Há, também, subida das áreas semeadas de trigo mole em 10% e de 5% no triticale, enquanto na cevada se estima aumentos de 5% no barlavento e 10% no centro e sotavento.
A produção deste ano de alfarrobas pode igualmente estar comprometida, principalmente nas zonas em que se registaram temperaturas mínimas negativas muito baixas. “Estima-se prejuízos em cerca de 50% da área das estufas” sobretudo nos concelhos de Faro e Olhão. De uma forma geral, os prejuízos são avultados em estufas de tomate, pimento, pepino feijão e melão.
Os dados do final de fevereiro que serviram de base ao relatório do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território indicam que até àquela data 68% do território continental estava em seca severa e 32% em seca extrema. Entretanto, o Instituto de Meteorologia divulgou no passado dia 16 o boletim quinzenal referente ao ponto de situação a 15 de março dando conta de que a seca extrema já atinge 53% do território continental, enquanto os restantes 47% estão em situação de seca severa.
O índice utilizado para medir a dimensão da seca tem nove níveis, que variam entre chuva extrema e seca extrema. Antes da seca extrema há a severa, a moderada e a fraca.