A partir de 2 de abril passarão a ser cobrados 954 lugares de estacionamento nos Largos de São Pedro e do Carmo, Horta do Ferragial, Rua de São Luís e Rua da PSP. No entanto, segundo o vereador socialista João Marques, esta “não é a melhor altura para colocar mais zonas pagas” na cidade, dado o “atual contexto da crise” e as dificuldades das empresas e do comércio.
Contudo, de acordo com o presidente da Câmara Municipal de Faro, Macário Correia, a introdução de mais lugares pagos é uma deliberação de há três anos, quando ainda estava no poder o antigo executivo que pertencia ao PS.
Para o PS, o atual executivo não deve desculpar-se com o passado e deve rever algumas decisões, de acordo com o atual contexto económico.
Também o grupo de cidadãos “Com Faro no Coração” se manifestou contra esta medida, apelando que a Câmara suspenda a instalação de parquímetros “para travar a falência das empresas”.
“Cada vez menos pessoas circularão e pararão em Faro e na sua baixa, que se tornará uma cidade fantasma, sem pessoas e com empresas falidas”, lê-se no comunicado divulgado pelo movimento.
Já João Rosado, presidente da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), revelou estar dividido no que diz respeito à colocação de novos parquímetros na cidade. Uma vez que, segundo o responsável, a existência de mais lugares pagos permite uma maior rotação de veículos, mas por outro lado essa rotação só funciona se existirem bolsas de estacionamento de longa duração. João Rosado mostrou-se também preocupado com a falta de alternativas aos lugares pagos, que com este aumento de parquímetros irão escassear.
Com esta medida, a autarquia eleva para 2 mil o número de lugares de estacionamento pagos à superfície.
Liliana Lourencinho com Lusa