Segundo António Almeida Pires, vice-presidente do Turismo do Algarve, "Tem havido algumas abordagens mas as pessoas pensam que estamos numa situação de liquidação total e não é o caso". As despesas de manutenção anual da caravela atingem cerca de 150 mil euros, pelo que esta vale “umas centenas de milhares de euros” refere Almeida Pires.
"Nós sabemos quanto é que vale a caravela e não vale nem 50, nem 60, nem 70 mil euros", sublinha, lembrando que o seu valor simbólico "não tem preço".
Entretanto, enquanto não há comprador, a caravela será ancorada em vários portos com a espanhola nau “Vitória” para relatar a história dos descobrimentos. "Temos aqui um percurso histórico muito comum entre Espanha e Portugal em que vamos tentar recriar a componente cultural associada aos Descobrimentos", explica, adiantando que está em vista a criação de um museu virtual dos Descobrimentos.
O projeto transfronteiriço "Descubriter", que vai permitir dar uso à caravela para promover o Algarve, já está aprovado, conclui Almeida Pires.
Lançada à água em 1991, a Boa Esperança foi adquirida à Aporvela (Associação Portuguesa de Treino de Vela) em 2001 por 75 mil contos (375 mil euros).