O presidente do Concelho de Administração disse já ter informado dessa situação a empresa em causa, “que está a fazer o seu papel, a tentar negociar, mas o hospital não tem margem para isso, porque a lei determina esse valor”.
Pedro Nunes disse ainda não estar preocupado, mostrando-se convicto de que “se o hospital tem anestesistas a receber 30 euros por hora, também conseguirá contratar médicos a título individual, por esse valor, de medicina geral”.
Os seis médicos espanhóis em causa já foram também informados da situação e a administração do hospital está na disponibilidade de fazer contratos individuais a cada um deles, mas sempre pelo valor de 30 euros por hora, frisou Pedro Nunes.
O responsável frisou que, entretanto, se efetuaram remodelações nas urgências, alguns clínicos de internato passaram a fazer urgências, não sendo por isso necessário o mesmo número de médicos de medicina geral, sem precisar no entanto quantos pretende contratar.
Pedro Nunes desmentiu ainda que os médicos em causa tivessem feito greve de zelo, sublinhando que “são pessoas responsáveis e não fariam uma coisa dessas”. Acrescentando que qualquer médico que fizesse este tipo de greve, na qual “está sentado na cadeira a ver o paciente sofrer sem fazer nada, nunca mais trabalharia no hospital, porque seria uma atitude eticamente reprovável e inadmissível”.