Foto © Samuel Mendonça

A Diocese do Algarve promoveu no passado sábado, dia 7 de janeiro, através do seu Centro de Estudos e Formação de Leigos do Algarve (CEFLA), a sua segunda jornada teológico-pastoral, este ano sob o tema “Maria, Mãe e Discípula”, tendo em conta o lema mariano do programa pastoral da Igreja algarvia e o centenário das aparições de Fátima que lhe está na génese.

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A iniciativa, que teve lugar no Centro Pastoral de Pêra com a participação de cerca de 200 pessoas de todo o Algarve, concentrou e englobou as três dimensões bíblica, litúrgica e sociocaritativa que até há dois anos motivava a realização de três jornadas em separado.

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Assim, a jornada teológica contou com três conferências. A primeira, sobre a dimensão bíblica, teve como tema “«Uma mulher revestida do sol» (Ap 12,1): Maria na Igreja e a Igreja em Maria” e foi proferida pelo padre Mário de Sousa. O sacerdote evidenciou Maria como “a grande testemunha”, “a primeira discípula e missionária” de Jesus, tendo sido confiada por Cristo à Igreja como mãe e modelo de identificação com Ele.

A segunda preleção, sobre liturgia, teve como tema “Maria na liturgia da Igreja” e foi proferida pelo padre Carlos de Aquino. A partir da constituição conciliar Sacrosanctum Concilium, saída do Concílio Vaticano II, o orador explicou por que faz a Igreja memória de Maria na liturgia e exortou ainda à sua valorização.

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A terceira conferência, relativa à pastoral social, teve como tema “Maria e a urgência da caridade” e foi proferida pelo presidente da Cáritas Diocesana do Algarve. Carlos Oliveira evidenciou Maria como “modelo de caridade”, não obstante ser “mulher de fé”.

No início da jornada, o vigário geral da Diocese do Algarve, em representação do bispo diocesano, destacou Nossa Senhora como “uma figura extraordinária na história da Igreja”, considerando ser necessário “sustentar” esta certeza para não se ficar só pela “relação de afetos” à Virgem Maria.

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“Vamos precisar, com muita urgência, nos próximos decénios de cristãos solidamente preparados. A Europa, como conhecemos hoje, não vai existir daqui a 50 anos”, afirmou, considerando que “os cristãos serão, cada vez, a minoria na Europa”. “Se não nos preparamos já, aqueles que vêm depois de nós não encontrarão sustento teológico, doutrinário e afetivo para essa relação com Deus via Jesus Cristo”, sustentou.

A jornada terminou com a celebração de uma paraliturgia (celebração da palavra) à Mãe de Jesus.