Na eucaristia, concelebrada por várias dezenas de sacerdotes, alguns de Beja e Évora, D. Manuel Quintas lembrou o sentido daquela celebração. “Porque os pensamentos de Deus não são os nossos e os seus desígnios são insondáveis, queremos acolher, à luz da fé, a sua vontade com a certeza de que só Ele sabe, como Pai que a todos acolhe no seu coração bondoso e misericordioso, não só o que mais convém a cada um dos seus filhos, mas também o que mais convém à nossa Igreja diocesana”, afirmou o prelado.
O bispo do Algarve explicou ainda que a doença que havia de “conduzir à morte, de modo tão apressado e imprevisível”, o cónego Gilberto Santos, “foi conhecida à relativamente pouco tempo”, tendo o sacerdote pedido “expressamente” “para não ser comunicada com o fim de não preocupar ninguém”.
D. Manuel Quintas lembrou que a Igreja do Algarve, unida na fé e na esperança da ressurreição, quis sufragar a alma do falecido e dar graças a Deus pelo dom da sua vida e pelo dom do sacerdócio, cujo ministério exerceu integralmente ao serviço da Diocese do Algarve ao longo de 27 anos e, particularmente, da paróquia de Almancil, nos últimos 20 anos.
Lembrando que “nada nos poderá separar do amor de Deus, nem a morte”, o bispo diocesano deu “graças a Deus” “por todo o bem semeado pelo cónego Gilberto ao longo da sua vida, sobretudo pelo seu ministério sacerdotal”. D. Manuel Quintas agradeceu ainda a quantos acompanharam o sacerdote na sua doença, particularmente à Obra de Nossa Senhora das Candeias, e desejou que o “testemunho da sua vida” “obtenha do Senhor da Messe o dom de novas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada”.
D. Manuel Quintas anunciou ainda que o vigário geral da Diocese do Algarve, o padre Firmino Ferro ficará, interinamente, “responsável por toda a vida pastoral e paroquial” da paróquia de Almancil, como já o vinha fazendo durante a doença do cónego Gilberto Santos e agradeceu a todos os padres que já se haviam disponibilizado para colaborarem no serviço paroquial e pastoral durante os próximos dois meses.
Aos padres presentes na celebração, o bispo do Algarve dirigiu ainda uma palavra. “Que o Senhor nos conceda a graça e o dom, não de fazermos mais, mas de o fazermos de modo diferente, talvez com maior disponibilidade para O podermos servir melhor”, afirmou.
Após a Eucaristia, o cortejo fúnebre, presidido pelo cónego monsenhor Joaquim Cupertino, deão do Cabido da Sé de Faro, seguiu até ao cemitério antigo de Olhão, tendo a urna do sacerdote sido depositada no mesmo jazigo onde se encontra sepultado o cónego José Augusto Falé.
A missa do sétimo dia de falecimento será celebrada na próxima sexta-feira (29 de junho) em Almancil, às 21.30h. Serão ainda celebradas missas pelo sacerdote no sábado (30 de junho), no Siroco, às 17.30h, e no domingo (1 de julho), em Olhão, às 10h, e em Quelfes, às 12h.