No entanto a Câmara Municipal acabou por estabelecer um protocolo para a realização do evento com a Companhia de Teatro Viv’Arte – Laboratório de Recriação Histórica, uma associação privada, e garante que o Município de Silves não terá qualquer encargo financeiro com a iniciativa. “A realização da Feira não compromete o orçamento da autarquia, não sacrifica o erário público, nem prejudica a execução dos compromissos assumidos pela edilidade, ao mesmo tempo que, tal acordo, nos permite realizar um dos mais significativos eventos do concelho, contribuindo, de modo decisivo, para a estimulação da economia local”, refere a autarquia.
A câmara lembra que “não fazer a Feira Medieval de Silves implicaria uma perda significativa em termos económicos, já que este acontecimento é um dos alicerces da vida económica deste concelho”.
Da solução encontrada para promover o evento resultou que este ano e pela primeira vez, o mesmo passará a ter entradas pagas. A pulseira para acesso à Feira (incluindo espetáculos) válida para os dias do evento custará três euros (comprada até dia 27 deste mês) ou quatro euros (comprada nos dias da feira). O bilhete diário custará 2 euros.
Realizada no centro histórico da cidade, a feira, que decorrerá entre as 17h e a 1h, visa recriar o período medieval da antiga capital do Reino do Algarve, uma visão do que ela terá sido outrora e da sua importância incontornável na história do Al-Gharb.
Neste sentido, o espetáculo que se realizará diariamente no Castelo este ano, pelas 22h, visa reproduzir a conquista da cidade pelos cristãos em 1189. No espaço, haverá, ainda, um acampamento, com a recriação de um ambiente próprio das caravanas de mercadores, que transportavam bens preciosos e objetos de arte do Oriente, até chegarem ao Al-Gharb e à cidade de Xilb.
Também no Castelo terá lugar, diariamente pelas 21h, o “Banquete no Palácio das Varandas”. Recriar o ambiente de um repasto dos tempos de esplendor da história da cidade é o grande objetivo de mais este evento.