A Direção Regional de Cultura do Algarve tem vindo a reunir-se com o clero algarvio para abordar a questão do património histórico religioso.
Reconhecendo que a Diocese do Algarve dispõe de um rico e vasto património histórico e cultural de matriz religiosa cristã que chegou aos dias de hoje graças ao cuidado e empenho ao longo dos tempos das comunidades paroquiais e seus párocos, aquela entidade disponibilizou-se para orientar, aconselhar e mediar processos de intervenção, restauro e manutenção do mesmo.
Pese embora manifeste a dificuldade e limitação da Direção Regional de Cultura do Algarve para apoiar financeiramente intervenções em património móvel e imóvel, Alexandra Gonçalves, a diretora daquele organismo que tem estado presente nas reuniões com padres e diáconos, tem evidenciado a disponibilidade para que seja assegurado o apoio administrativo e técnico às intervenções.
Nos encontros em que se tem refletido sobre o bem patrimonial, Rui Parreira, diretor da Direção de Serviços de Bens Culturais, tem aludido à patrimonialização, salvaguarda e conservação do património, bem como à socialização do mesmo. Aproveitando alguns “bons exemplos” de processos de conservação do património, deu a conhecer os vários trâmites legais existentes, conforme a tipologia ou grau de classificação que possui.
Neste sentido, apresentou o Atlas do Património Classificado e em Vias de Classificação no sítio da Direção-Geral do Património Cultural, referiu várias obras e autores que podem servir ao conhecimento científico do património e apresentou algumas propostas de parcerias ou possibilidades de financiamento.
Referiu ainda que, no que respeita ao património móvel, “o fundamental é garantir a integridade, reversibilidade e autenticidade do mesmo”.
Estes encontros de esclarecimento decorreram esta semana nas vigararias de Portimão (na passada terça-feira), Loulé (ontem) e Faro (hoje), faltando apenas a vigararia de Tavira que irá ser realizado no próximo mês de dezembro.