Cerca de meia centena de entidades aceitaram o desafio da Universidade do Algarve para pagar propinas a 50 alunos do primeiro ano de licenciatura ou de mestrado integrado que obtiveram resultados de excelência no secundário, anunciou a universidade.
Os alunos distinguidos com as bolsas de excelência vão poder frequentar o primeiro ano de matrícula na Universidade do Algarve (UAlg) sem custos de propinas, graças “a este prémio pecuniário que já se materializou na atribuição de cerca de 250 bolsas, totalizando um apoio de cerca de 235 mil euros aos alunos que ingressaram nos últimos seis anos nesta Universidade e que mais se destacaram”, quantificou a universidade.
O apoio a estes alunos tem sido disponibilizado por “42 entidades de diversas áreas, como turismo, banca, saúde, imobiliário, comércio e serviços”, precisou a mesma fonte num comunicado, sublinhando que colaboram na atribuição das bolsas de excelência “entidades de âmbito regional e nacional”.
“Esta iniciativa visa fixar os melhores estudantes do país nesta região, ajudando a suportar os seus encargos, especialmente quando estes têm de se deslocar para fora das respetivas residências”, explicou a instituição de ensino algarvia.
No presente ano letivo de 2017/2018, a iniciativa conta “pela primeira vez” com a participação dos municípios de Castro Marim e Lagoa, que “atribuíram bolsas aos melhores alunos provenientes dos respetivos concelhos”, destacou a Universidade do Algarve.
Entre as entidades que contribuem para pagar as propinas aos alunos do primeiro ano com melhores resultados estão também grupos de antigos alunos das turmas de 1989 -1994 de Biologia Marinha e Pescas e de Engenharia Hortofrutícola/Hortofruticultura, enalteceu também a UAlg.
Apesar de poder optar por qualquer curso em qualquer universidade, depois de ter obtido uma média de 18,23 valores na escola secundária Francisco Fernandes Lopes, em Olhão, Catarina Nunes preferiu continuar no Algarve, ingressou em Biotecnologia na UAlg e foi uma das estudantes distinguidas na atribuição das bolsas de excelência.
“Quando contei a alguns amigos que ia ficar no Algarve, perguntaram-me: porquê? Com as notas que tinha podia ir para qualquer sítio. Mas acho que eles não pensaram bem no assunto. Porque, de facto, só vejo pontos positivos”, afirmou a aluna, citada no comunicado da universidade, justificando a decisão com a proximidade de casa e o cada vez maior reconhecimento que a UAlg tem na vertente da investigação.
Outro dos alunos distinguidos foi Gonçalo Ramos, que acabou o ensino secundário em Sesimbra, optou pelo curso de Biologia Marinha na UAlg como “primeira opção” e considerou que a bolsa de excelência comporta um “fator motivacional”, a par da “importância do valor monetário”.
O reitor da Universidade, António Branco, destacou o papel das empresas nesta iniciativa, que qualificou como “um dos programas mais importantes que a UAlg tem neste âmbito”.
“Não só estamos a aumentar o número de empresas que assumem a sua responsabilidade social, investindo na Educação, como também estamos a diversificar o tipo de entidades que têm aderido, desde câmaras municipais, a grupos de antigos alunos que se estão a organizar para oferecerem bolsas”, afirmou António Branco, igualmente citado no comunicado.