O organismo é agora composto pelo presidente João Amado (Misericórdia de Portimão) – que sucedeu ao provedor da Misericórdia de Faro, Candeias Neto, que dirigiu o organismo durante 30 anos –, e pelos secretários Vítor Lourenço (Misericórdia de Vila do Bispo) e Rui Ginjeira (Misericórdia de Monchique).

No seu discurso de tomada de posse, hoje divulgado em comunicado, o novo presidente das Misericórdias do Algarve alertou aquelas instituições para não avançarem com projetos sem garantia de sustentabilidade. “No passado foram muitas vezes as Misericórdias a avançar, a investir, a construir equipamentos, a equipá-los, a dotá-los de recursos humanos, vindo o Estado a reconhecer mais tarde a sua necessidade”, referiu, em comunicado, acrescentando que as Misericórdias não devem “ceder à tentação” de avançar em novas áreas sem garantias de que são sustentáveis.

Ao reconhecer que a crise económica impôs novas dificuldades a estas instituições que tentam manter serviços e funcionários apesar de receberem menos donativos e sentirem as dificuldades que utentes e familiares têm para cumprir as suas contribuições, João Amado considerou que é preciso garantir a sustentabilidade.

“As Misericórdias não podem esperar que o Estado vá a reboque das suas iniciativas, mas também não poderão elas próprias ir a reboque de decisões políticas pouco fundamentadas, pondo em risco o seu futuro”, afirmou.

Natural de Monchique, João Amado iniciou a sua carreira médica em 1986 em Portimão e tem participado na gestão de várias instituições e empresas algarvias, nomeadamente o Hospital da Misericórdia de Portimão, no conselho de administração da Administração Regional de Saúde do Algarve, na Câmara Municipal de Portimão e no grupo Hospital Particular do Algarve.

Entre 2006 e 2012, foi o diretor técnico e clínico das Unidades de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Portimão e no ano passado assumiu as funções de provedor da mesma.

Atualmente, integra ainda o conselho de gestão do Grupo Misericórdias Saúde e do Conselho Nacional de Saúde Mental.

Redação com Lusa