Foto © Samuel Mendonça

A rua de Santo António, principal artéria comercial de Faro, vai ter um hotel com 104 quartos, cuja abertura está prevista para o verão de 2019, revelou hoje um representante dos promotores da obra.

A futura unidade, classificada como sendo de quatro estrelas superior, vai ser construída no antigo centro comercial Atrium Faro, encerrado desde 2009 e que se encontrava já muito degradado, após quase dez anos sem utilização.

Segundo disse Rui Correia aos jornalistas durante uma visita à obra, o edifício de quatro pisos terá um auditório com duas salas e capacidade para 300 pessoas, uma piscina na cobertura, com um restaurante, e duas praças, uma com restauração.

A primeira fase da obra é a demolição integral da zona envolvente ao edifício principal, que está agora em curso, seguindo-se a demolição parcial do edifício do centro comercial, acrescentou aquele responsável.

Segundo o presidente da Câmara de Faro, a nova unidade dará “uma nova centralidade à baixa”, melhorando a oferta hoteleira no segmento tradicional, uma vez que é no alojamento local que o número de camas mais tem crescido (mais 700, só em 2017).

“Nós temos muita falta de camas, o que é demonstrado pelo facto de a taxa de ocupação média anual dos nossos hotéis ser superior a 90%”, ilustrou Rogério Bacalhau.

O autarca defendeu que “existe espaço para Faro ter mais hotelaria” e sublinhou que a sua expetativa é que a oferta total de camas no concelho, que atualmente é superior a 3.000, possa duplicar nos próximos quatro anos.

O acesso principal ao novo hotel “Atrium” será feito através da rua Vasco da Gama, mas haverá uma ligação direta à rua de Santo António, a principal artéria comercial de Faro.

Erguido sobre o antigo Cine-Teatro Santo António, o mais antigo cinema da cidade, o Atrium Faro foi inaugurado em 2007, com 30 lojas, mas quando fechou, logo dois anos depois, tinha apenas três lojas abertas.

Os preços elevados das rendas terão sido um dos fatores responsáveis pela baixa taxa de ocupação das lojas e consequente falência da empresa que geria o espaço comercial.

A área comercial, com 1.300 metros quadrados, também chegou a ter três salas de cinema, mas encerraram.

Desde que o centro comercial fechou, o espaço abriu, pontualmente, para a realização de mercados de Natal.