D. Manuel Quintas explicou em Portimão, na reunião com os membros daqueles órgãos colegiais das paróquias dos concelhos de Lagoa, Monchique e Portimão, que esta iniciativa é motivada pela celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II. “É a doutrina conciliar que proporcionou à Igreja a criação destes órgãos colegiais”, lembrou o prelado, que sublinhou a “nova visão da Igreja surgida no Concílio” e manifestou o seu “apreço” pelo “serviço” de quantos fazem parte destes órgãos paroquiais. “Espero que este encontro vos estimule ainda mais nesse serviço. As vossas paróquias precisam da vossa colaboração. É imprescindível o vosso serviço, sobretudo porque assumis não ser membros passivos mas ativos”, complementou.
O bispo do Algarve lembrou que os conselhos económicos paroquiais, – que devem ser constituídos no mínimo por três e no máximo por seis elementos escolhidos pelo pároco –, são obrigatórios. “Têm de ser pessoas, técnicos até, que o ajudem a administrar os bens da paróquia. O conselho pastoral é mais importante do que o económico porque define a vida da comunidade, só que não é obrigatório. As leis da Igreja obrigam à constituição do conselho económico por causa de defender e preservar o património”, complementou D. Manuel Quintas, lembrando que este órgão deve ser renovado de cinco em cinco anos e elaborar um inventário com os “bens móveis e imóveis” para transmitir ao conselho seguinte.
O prelado lembrou que “o Conselho Pastoral representa a comunhão da própria paróquia” e, por isso, deve ter “representantes de todos os serviços e ministérios” da comunidade. D. Manuel Quintas explicou que estes órgãos colegiais são consultivos, de apoio ao pároco, embora para algumas decisões possa ser pedido até o “parecer” ou o “voto” dos conselheiros. “Tem a finalidade de ajudar o pároco a tomar as decisões mais acertadas e oportunas para o crescimento da comunidade, a estimular e coordenar a ação apostólica”, sustentou, lembrando que os membros dos conselhos pastorais e dos conselhos económicos “são gente que presta um serviço que exprime a dimensão de umaIgreja ministerial”.
O encontro de sábado contou com a participação de cerca de 80 pessoas e realizou-se no salão da paróquia de Nossa Senhora do Amparo, em Portimão. Os próximos realizar-se-ão no dia 16 de fevereiro em Almádena para as paróquias dos concelhos de Lagos, Vila do Bispo e Aljezur, no dia 16 de março para as paróquias da zona da Guia da vigararia (circunscrição eclesiástica da qual fazem parte várias paróquias) de Loulé, no dia 20 de abril para as restantes paróquias da vigararia de Loulé, no dia 27 de abril para as paróquias da vigararia de Faro e no dia 25 de maio para as paróquias da vigararia de Tavira.
Samuel Mendonça