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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O padre António de Freitas disse no passado sábado ser cético em relação ao modelo de catequese familiar recomendado pelo Secretariado Nacional da Educação Cristã, que inclui uma componente de aprofundamento feita pelos próprios pais em casa.

“Tenho alguma dificuldade em aceitar que seja o modelo para a catequese de hoje porque acho que estamos num tempo em que tem de haver vários modelos”, afirmou o sacerdote, acrescentando que o seu ceticismo se consubstancia na questão que apresentou: “podem colocar-se pais que não aprofundaram a fé a fazer catequese aos filhos?”.

O sacerdote, que apresentou a carta pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa, intitulada «Catequese: A Alegria do Encontro com Jesus Cristo», disse, no entanto, aos cerca de 300 catequistas algarvios presentes no Centro Apostólico de Santo André, na Penina (Alvor) não querer “influenciar ninguém” porque “estas coisas discernem-se em cada lugar, conforme a realidade”.

“O nosso problema é andarmos a saltar de modelo em modelo, quando se devia perceber que podem coexistir vários modelos em simultâneo”, considerou o formador, admitindo que o modelo de catequese familiar possa existir se os pais das crianças “derem garantias de que participam na comunidade e fizeram um crescimento na fé”.