
O bispo do Algarve terminou ontem a terceira e última visita pastoral deste ano de 2017/2018, iniciada no passado dia 25 de fevereiro às paróquias de São Brás de Alportel e Santa Catarina da Fonte do Bispo.


D. Manuel Quintas presidiu ontem de manhã às eucaristias na capela do Alportel e na igreja matriz de Santa Catarina da Fonte do Bispo. Na primeira celebração, o prelado disse que se tratou de “uma semana muito intensa pelos contactos que foi possível realizar, não apenas com os grupos ligados à paróquia de São Brás de Alportel, mas também pelas instituições” que visitou, como as escolas, a Santa Casa da Misericórdia – onde ontem à tarde também presidiu à eucaristia –, a Junta de Freguesia, a Câmara Municipal, para além de algumas empresas. “É muito enriquecedor para mim”, considerou na eucaristia em que foi celebrado o escrutínio de uma criança que será batizada na próxima vigília pascal, lembrando que a última visita pastoral àquela paróquia tinha ocorrido em 2009.

Na missa em Santa Catarina da Fonte do Bispo, D. Manuel Quintas disse querer “dar graças a Deus por esta visita pastoral”. “Quero, sobretudo, agradecer todo o acolhimento, naturalmente, para além daqueles que são os vossos párocos, o padre António [Farias Antunes] e o padre Duarte [da Costa]. Estou muito contente por ver que eles se sentem bem e que vós vos sentis bem também com eles, que estão a continuar este serviço, possivelmente até de maneira diferente e nova”, afirmou, agradecendo também às instituições que visitou, desde as sociais, até à escola, à cooperativa, à fábrica de ladrilhos e ao lagar.

A propósito da ida ao lagar – que já tinha visitado também na última visita pastoral que fez em 2011 àquela paróquia –, o bispo do Algarve disse que o azeite que agora lhe voltaram a oferecer vai ter o mesmo fim que o da última vez. “Vai servir para ungir na diocese a partir da próxima Páscoa”, anunciou, explicando que quem se batizar, se crismar ou receber a santa unção “vai ser ungido com o azeite de Santa Catarina” que será consagrado e benzido na Missa Crismal da próxima Quinta-feira Santa, na Sé de Faro.
D. Manuel Quintas regozijou-se ainda com a abertura do Agrupamento 1395 do Corpo Nacional de Escutas (CNE) naquela paróquia. “Gostei muito também de me encontrar com os escuteiros. Da outra vez que estive cá não havia escuteiros. Gostei muito de saber do apoio que todos, mas particularmente os pais dão ao agrupamento e como se empenharam e uniram para criar condições para que eles pudessem ter uma sede que já é bastante boa, embora haja projetos para a aumentar, criando condições para que outros possam integrar-se neste movimento”, disse.

“Os escuteiros são das coisas melhores que nós temos no Algarve”, observou, lembrando que o CNE “está a crescer, estão a fundar-se agrupamentos” e os que já existem “continuam a receber novos elementos até que podem”. O bispo do Algarve considerou que “a pedagogia” do movimento e “os valores que propõe a todos os níveis – humano, de cidadania, de relação uns com os outros e com a natureza –, são valores profundamente atuais, muito oportunos para quem está a crescer”, destacando, sobretudo, “a oportunidade que dá de crescerem em grupo, em equipa, com regras muito eficazes e pedagógicas”. “É um movimento que enriquece muito quem dele participa e quem nele se insere”, rematou.

Na celebração em Santa Catarina da Fonte do Bispo, D. Manuel Quintas administrou o sacramento do crisma a um grupo de jovens e dois adultos. “Esta comunidade de Santa Catarina precisa de vós, da vossa presença e da vossa criatividade, do vosso serviço. Sem vós fica mais empobrecida. E agora que recebestes os dons do Espírito Santo é pô-los a render, é distribui-los a todos, em diferentes serviços. Eu sei que alguns de vós já fazeis isso. Certamente que sentis dentro de vós esse desejo de ainda participardes mais desta família que é a vossa paróquia”, pediu-lhes, desafiando-os a que não se contentem em pertencer aos Jovens Sem Fronteiras ou à LIAM – Liga Intensificadora da Ação Missionária. “Como eu gostava que daqui a uns anos alguém de Santa Catarina fosse missionário do Espírito Santo”, afirmou, lembrando que os párocos de São Brás de Alportel e de Santa Catarina da Fonte do Bispo pertencem à Congregação do Espírito Santo, popularmente conhecidos como espiritanos ou missionários do Espírito Santo.

D. Manuel Quintas lembrou ainda que “a visita pastoral é uma obrigação do bispo”. “O bispo, entre as suas obrigações, deve passar também um tempo nas paróquias, ficando nas paróquias, conhecendo melhor a realidade das pessoas, encontrando-se com os diferentes serviços paroquiais e visitando também aquilo que de mais importante pode ajudá-lo a conhecer melhor a realidade local”, afirmou.

O padre António Farias Antunes agradeceu a visita às duas paróquias. “A sua presença foi uma bênção para todos nós. Que nós acolhamos esta graça que Deus nos deu. Que a graça não seja em vão, mas que produza frutos”, afirmou.