O sacerdote lembrou –, no segundo encontro de reflexão sobre o Ano da Fé (proclamado pelo Papa, de outubro de 2012 a novembro de 2013, para toda a Igreja) que o Colégio de Nossa Senhora do Alto, em Faro, tem vindo a promover –, que “nada saberíamos dizer sobre Deus, se não o tivéssemos aprendido desse homem extraordinário que foi Jesus”. “Jesus é o revelador único e absoluto de Deus. É a sua própria autorrevelação”, sustentou na conferência que apresentou a cerca de 20 pessoas no passado dia 29 de janeiro, sob o tema “Creio em Jesus, Filho de Deus”.
“Jesus traz a autoridade e o poder de Deus, portanto, a salvação. É em Jesus que se encontra o fundamento e a síntese de toda a fé cristã”, complementou, lembrando que o encontro com Cristo “dá-se por mediação da Igreja”. “Nenhum de nós recebe a fé n’Ele por um encontro direto ou imediato. Nunca poderemos chegar a Jesus sem ser pela mediação dos que acreditam n’Ele e que vem desde aqueles que viveram com ele e testemunharam e transmitiram às comunidades o que Jesus tinha dito e realizado”, sustentou, lembrando ser pelo “anúncio da palavra, do culto e, sobretudo, pelo próprio testemunho de vida da própria caridade que nos podemos encontrar com Jesus”.
Neste sentido, o orador lembrou que “a eucaristia é o primeiro caminho, a experiência mais profunda, próxima e íntima para estar com o Pai”. “Nunca conhecerei quem Jesus é se eu não fizer, em memória d’Ele, o que me pediu”, complementou, lembrando que os outros caminhos para chegar a Jesus são “através dos cristãos, na Igreja” e “o amor aos outros com caridade”. “A gente, às vezes, queria outros caminhos mais espetaculares, mas Jesus revela-se sempre na normalidade”, complementou, acrescentando que os “primeiros destinatários” onde se pode encontrar Cristo são “os pobres”.
O orador lembrou que “foi a partir dos Concílios de Niceia (ano 325) e de Constantinopla (ano 381), que a Igreja formulou as verdades principais do que era preciso aprender-se e dizer-se sobre Jesus”. “Desde o século IV até ao século XXI andamos a dizer as mesmas palavras que ainda hoje rezamos”, frisou, lembrando que, desde a época de Cristo até estas reuniões, “promoveram-se filosofias e proclamaram-se doutrinas falsas sobre Jesus que negavam cada uma das afirmações que, por isso, foram incluídas na oração do Credo”.
Samuel Mendonça