Júlio Barroso contou que a candidatura a fundos comunitários está agora aprovada, tendo recebido informações da tutela segundo as quais a obra só irá avançar após a época balnear deste ano.

Segundo o autarca, apesar da delimitação de várias zonas de risco, os banhistas "têm sido expostos às ameaças e aos perigos" de derrocada das arribas.

"Tememos sempre que a inconsciência das pessoas e a falta de compreensão para os avisos, as coloquem em riscos", frisou o autarca.
"Felizmente que não se registaram quaisquer acidentes", destacou.

A empreitada da responsabilidade do Instituto da Água (INAG), que ascende a cerca de dois milhões de euros, chegou a ser iniciada em 2009, mas foi suspensa poucos dias depois, devido a um erro no projeto.

O autarca Júlio Barroso disse não compreender "como é que o erro no projeto levou tanto tempo a ser corrigido, numa obra essencial para garantir a segurança dos frequentadores daquela praia", uma das mais procuradas do concelho.

"Um erro de projeto corrige-se dentro de um prazo razoável, mas infelizmente não foi esse o caminho", lamentou.

Prevista desde 1999, no Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura/Burgau, a intervenção prevê a consolidação das arribas, para minimizar os efeitos da erosão, e o alargamento do areal em cerca de 25 metros, com a recarga de cerca de 150 mil metros cúbicos de areia.

"O alargamento do areal permitirá afastar as pessoas de zonas perigosas e ao mesmo tempo dar maior sustentabilidade às arribas", observou Júlio Barroso.

Lusa